Maioria dos economistas acredita em diminui��o de 0,25 ponto na taxa b�sica de juros, que cairia para 13,50% ao ano
Marcello Casal Jr/Agencia Brasil
�s v�speras da 5ª reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) deste ano, que come�a hoje e termina amanh�, n�o h� d�vidas entre analistas e agentes financeiros de que o Banco Central (BC) iniciar� um novo ciclo de redu��o da taxa b�sica de juros, a Selic, que est� em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. As d�vidas s�o sobre o tamanho do corte, com as apostas do mercado divididas entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. A possibilidade de uma redu��o maior � praticamente descartada pelos analistas.
A maioria dos economistas ouvidos pela reportagem acredita numa diminui��o de 0,25 ponto na Selic, que cairia para 13,50%, e numa posterior queda gradual, mesmo com os indicadores de infla��o em franca desacelera��o. Incertezas econ�micas, piora nas contas p�blicas e ru�dos pol�ticos s�o alguns dos alertas que embasariam a postura mais conservadora do BC.
As aten��es do mercado estar�o voltadas para o comunicado que ser� divulgado amanh� pelo Copom, pois a expectativa � de que a decis�o sobre o novo patamar da Selic n�o ser� un�nime. H� dois novos integrantes no colegiado: o diretor de Pol�tica Monet�ria, Gabriel Gal�polo, e o diretor de Fiscaliza��o, Ailton de Aquino Santos, os primeiros escolhidos pelo presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que n�o tem poupado cr�ticas ao BC.
Com a previs�o de um ciclo gradual de redu��o, analistas n�o descartam a possibilidade de a Selic chegar ao fim de 2024 ainda pr�xima de 10%. A mediana das estimativas do mercado coletadas pelo BC no boletim Focus prev� os juros b�sicos terminando em 12% neste ano, passando para 9,50% no fim do ano que vem.
Por isso, h� muita preocupa��o no governo com a perspectiva de que a pol�tica monet�ria continue restritiva e segurando atividade econ�mica. Isso em um cen�rio no qual a pol�tica fiscal precisar� ser menos expansionista – e n�o apenas por conta do novo arcabou�o fiscal e da reforma tribut�ria, que ainda n�o est�o definidos, o que n�o permite estimar seu impacto sobre a despesa p�bica.
A certeza � de que o Produto Interno Bruto (PIB) vai desacelerar no ano que vem, ou seja, o governo vai arrecadar menos, enquanto os gastos permanentes n�o param de aumentar, o que representa um sinal amarelo para o Copom.
Queda gradual As proje��es do mercado para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a infla��o oficial, ainda est�o acima do teto da meta deste ano, de 4,75%, o que pode significar o terceiro descumprimento consecutivo da meta pelo BC. Analistas recordam que, na ata da �ltima reuni�o, em junho, o Copom sinalizou que poderia iniciar o ciclo de cortes em agosto, mas refor�ou que o processo desinflacion�rio tende a ser lento e requer "parcim�nia e cautela na condu��o da pol�tica monet�ria".
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