Setores da economia em MG celebram queda da Selic em 0,5 ponto percentual

A redu��o da taxa b�sica de juros de 13,75% para 13,25% ao ano nesta quarta-feira (2/8), por decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, foi celebrada por setores da economia.

“Vivemos um ano de aperto monet�rio, com o poder de compra das fam�lias comprometido, as possibilidades de renegocia��o de d�vidas fragilizadas e cr�dito caro para empreendedores e lojistas. Esta redu��o, ainda que longe da ideal, vai trazer f�lego e esperan�a para este semestre”, avaliou o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.

A Selic n�o era reduzida desde agosto de 2020, quando caiu de 2,5% para 2% anualmente. No per�odo, o mundo enfrentava a pandemia de Covid-19. De janeiro de 2021 a agosto de 2022, a taxa escalou at� o patamar que vigorou nos �ltimos doze meses.

A Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg) tamb�m se mostrou contente com o corte, apesar de considerar a taxa de juros elevada. O que traz preju�zo a atividade econ�mica.

"A queda da infla��o corrente e a ancoragem das expectativas abrem espa�o para novos cortes da taxa de juros nas pr�ximas reuni�es do Copom. (...) A evolu��o do novo arcabou�o fiscal e de reformas estruturantes favorecem a redu��o do risco-pa�s", afirmou a FIEMG, por meio de nota.

O presidente da Associa��o Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), Jos� Anchieta da Silva considerou que o corte definido pelo Copom foi tardio e que a manuten��o da taxa em 13,75% foi prejudicial a produ��o brasileira.

"� vis�vel o impacto delet�rio que o alto custo do cr�dito imp�e � atividade econ�mica. A produ��o industrial estagnou-se, e o varejo s� cresce em segmentos que pouco dependem de cr�dito, como supermercados e produtos farmac�uticos. As vendas dos setores de Vestu�rio, M�veis, Materiais de Constru��o e Ve�culos est�o todos em queda.

Entendemos a import�ncia do controle da infla��o para a prosperidade do pa�s, mas � fundamental que esse objetivo n�o seja alcan�ado �s custas do estrangulamento da atividade produtiva", afirmou. 

O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e integrantes do governo federal vem fazendo constantes cr�ticas a alta taxa. Nas manifesta��es, eles avaliam que o valor inibe o crescimento econ�mico do pa�s.

A taxa Selic � usada pelo Banco Central para auxiliar no controle da infla��o no Brasil. O aumento da taxa b�sica de juros ocorre para conter a infla��o. J� quando a estimativa est� alinhada com a meta inflacion�ria, o Banco pode cortar a taxa.