09/05/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Economia. Banco Central. Banco Central do Brasil. Fachada do Banco Central.

Fachada do Banco Central

09/05/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press.
A diretora de Assuntos Internacionais e de Gest�o de Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Guardado, afirmou nesta segunda-feira (14/8), que o pa�s est� vivenciando um processo de desinfla��o, que � lento, mas que o BC espera que leve a uma converg�ncia para a meta de infla��o de 3% no in�cio de 2025. As proje��es de infla��o oficiais do BC s�o de 3,4% em 2024 e 3,0% em 2025.

 

"A economia est� apresentando uma desinfla��o, uma desinfla��o lenta, que a gente espera que traga para converg�ncia para a nossa meta de infla��o de 3% l� no in�cio de 2025", disse ela, na live semanal da autoridade monet�ria, cujo tema de hoje � O mundo visto pelo BC: economia internacional .

 

Neste m�s o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) iniciou o afrouxamento da taxa de juros (Selic), com um corte de 0,50 ponto porcentual, de 13,75% para 13,25% ao ano, o que surpreendeu parte do mercado, que esperava uma queda mais "parcimoniosa" de 0,25pp. Para a diretora, o discurso do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que o processo de desinfla��o observado no Brasil hoje est� muito ligado ao esfor�o do BC desde 2021 para controlar a infla��o e que a economia brasileira est� "indo bem".

 

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Ela citou que a proje��o do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 2%, similar � expectativa para a economia dos Estados Unidos e melhor do que as previs�es para a Europa e para alguns pares emergentes e da Am�rica Latina. "Vai ser o terceiro ano consecutivo de revis�es para cima das estimativas de PIB. A economia tem tido um resultado bastante bom nos �ltimos 3 anos", disse, citando ainda a melhora do mercado de trabalho — fen�meno que tamb�m ocorre no resto do mundo.

Cen�rio internacional

A diretora de Assuntos Internacionais e de Gest�o de Riscos Corporativos do Banco Central citou alguns riscos do cen�rio internacional para a economia brasileira. Dentre eles, uma amea�a de que o mundo conviva de uma forma mais prolongada com a infla��o alta e persistente no mundo, em virtude de um mercado de trabalho mais apertado ou at� de novos efeitos da guerra na Ucr�nia. "O Brasil n�o � uma ilha, est� exposto a esse tipo de press�o."

 

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Outra amea�a seriam novos eventos de instabilidade financeira, que podem afetar os pre�os dos ativos brasileiros. Por outro lado, Fernanda Guardado defendeu que o Pa�s tem uma grande oportunidade na agenda de sustentabilidade e de que pode se beneficiar de grandes projetos nessa �rea.

Risco-pa�s

A diretora de Assuntos Internacionais e de Gest�o de Riscos Corporativos do Banco Central reconheceu que o indicador que aponta o risco de o pa�s n�o cumprir seus compromissos melhorou nos �ltimos meses e avaliou que "tem tudo" para continuar assim, considerando a pauta "positiva" do Pa�s. Dentre os fatores listados na pauta positiva, a diretora mencionou o novo arcabou�o fiscal, a pol�tica monet�ria do BC comprometida com o combate � infla��o e ainda a melhor avalia��o de ag�ncias de classifica��o de risco sobre a nota soberana do Brasil.

 

Ap�s a melhora da nota soberana do Brasil pela Fitch Ratings, que passou de 'BB-' para 'BB', com perspectiva est�vel, no fim de julho, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, term�metro do risco-Pa�s, tem rondado os menores n�veis desde 2021. "Acho que o Brasil tem tudo para seguir com o risco-Pa�s nesse n�vel ou mais baixo. A continuidade da agenda de reformas pelo Congresso tem o potencial de melhorar o risco-Pa�s", disse ela.

 

Com informa��es da Ag�ncia Estado