Bifes de fil�
As carnes no geral tiveram uma queda m�dia de 9,65% no acumulado nos primeiros oito meses do ano, e de 1,9% em agosto.
Dentre as carnes, o fil�-mignon teve a maior queda de pre�o no ano. Em seguida v�m a alcatra (-13,46%) e o contrafil� (-11,77%). Todos os cortes do subgrupo carnes da pesquisa do IBGE tiveram queda de pre�o no ano.
O fil�-mignon tamb�m � destaque de queda entre todos os alimentos que comp�em o IPCA. O corte nobre foi o sexto item com maior redu��o de pre�o no ano, atr�s apenas de cebola (-43,71%), laranja (-36,14%), �leo de soja (-28,86%), abacate (-25,79%) e batata inglesa (-19,33%).
Pescados acumulam alta de 3,12% em 2023. A tainha foi o peixe com maior alta (11,68%), seguida pelo caranguejo (7,28%), e pela til�pia (6,99%). Mas houve tamb�m redu��es de pre�o no segmento. O pero� teve queda de 14,58%, seguido pelo serra (-6,43%).
O grupo dos alimentos e bebidas teve defla��o pelo terceiro m�s consecutivo. Em agosto, a queda foi de 0,85%. No acumulado no ano, a redu��o m�dia nos pre�os � de 0,31%. Carnes � o subgrupo com a terceira maior queda no acumulado do ano (9,65%), atr�s apenas de �leos e gorduras (-17,35%) e tub�rculos, ra�zes e legumes (-15%).
A infla��o geral do pa�s, medida pelo IPCA, ficou em 0,23% em agosto. Em 2023, infla��o acumula alta de 3,23%. J� nos �ltimos 12 meses, est� em 4,61%.
POR QUE O PRE�O DA CARNE CAIU E O QUE ESPERAR?
A boa safra de gr�os como soja e milho favoreceu a queda de pre�os. Os gr�os s�o usados na alimenta��o de frangos e su�nos. J� os bovinos se alimentam principalmente de pasto, que tamb�m tem sido favorecido pelas chuvas regulares, o que reduz os gastos com ra��o, diz o analista de pre�os Andr� Braz, da FGV.
O fil�-mignon n�o � o corte preferido para exporta��o. Pa�ses da �sia preferem carnes mais gordurosas. Com isso, a demanda externa segura mais os pre�os das carnes de segunda, explica o economista.
A expectativa � de que a redu��o de pre�os continue em 2023. Ela n�o foi suficiente para compensar o longo per�odo de infla��o de alimentos registrado desde 2020. "A proje��o � que este ano haja defla��o nos alimentos no domic�lio, ap�s tr�s anos de sequentes altas", avalia a GO Associados.
J� para 2024, as perspectivas ainda s�o incertas. O fen�meno clim�tico El Ni�o pode impactar a agricultura, gerando novas press�es inflacion�rias, diz Braz. Mas esse impacto ainda � incerto. "�s vezes o El Ni�o vem forte, e n�o tem repercuss�o na agricultura, e �s vezes � o contr�rio", diz.
O mercado prev� uma infla��o ao redor de 5% no fechamento do ano. A alta do IPCA passou a ser projetada em 4,93% em 2023 e em 3,89% em 2024, de acordo com boletim Focus do Banco Central divulgado na segunda-feira (11). O ritmo de evolu��o da infla��o, com previs�o de altas moderadas nos pre�os at� o fim do ano, reafirma tamb�m a expectativa de manuten��o do ritmo de cortes de 0,5 ponto percentual na taxa b�sica de juros.
"Temos observado quedas ao longo dos �ltimos meses em alguns itens importantes no consumo das fam�lias como, por exemplo, a carne bovina e o frango, que est� relacionado � quest�o de oferta. A disponibilidade de carne no mercado interno est� mais alta, o que tem contribu�do para a queda nos �ltimos meses", afirmou Andr� Almeida, gerente IPCA/INPC do IBGE.
"A gente sabe que essas prote�nas absorvem parte importante do or�amento familiar, e isso melhora a condi��o de vida das fam�lias, principalmente as de baixa renda", complementou Andr� Braz, da FGV
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Veja abaixo a varia��o dos pre�os neste ano
Carne - Varia��o do pre�o no ano (em %)
Fil�-mignon - -16,95
Alcatra - -13,46
Contrafil� - -11,77
P� (paleta bovina) - -10,50
F�gadoq - -10,15
Costela - -9,95
Capa de fil� - -9,70
Ac�m - -9,49
Picanha - -9,14
Patinho - -8,82
Peito - -8,73
Ch� de dentro - -8,54
Lagarto comum - -8,38
Lagarto redondo - -8,31
M�sculo - -7,41
Carne de porco - -4,65
Cupim - -4,13
Carne de carneiro - -0,40
Fonte: IBGE
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