Loja da Loungerie em shopping de Curitiba (PR)

Loja da Loungerie em shopping de Curitiba (PR)

Divulga��o/Loungerie
Para um governo que valoriza pautas como a economia verde e o combate ao trabalho escravo, o programa Remessa Conforme vai na contram�o e beneficia plataformas que desprezam as origens das mat�rias-primas dos produtos. A opini�o � do CEO da Loungerie Intimates e conselheiro da Abvtex (Associa��o Brasileira do Varejo T�xtil), Eduardo Costa.

Durante fala em evento da Escola Paulista de Direito sobre diversidade nos conselhos de administra��o de empresas, o executivo da Loungerie criticou a falta de isonomia que o Remessa Conforme traz para companhias brasileiras que se preocupam com a origem de seus produtos.

"Vem uma plataforma de varejo t�xtil internacional, que eu n�o vou citar o nome, mas hoje se transformou na maior empresa de moda dos Estados Unidos, e no meu setor, de moda �ntima, � a segunda maior do Brasil, e voc� n�o tem a menor ideia de onde vem esse produto, quem produz e como que � utilizada a mat�ria-prima", afirmou.

O programa Remessa Conforme prev� hoje isen��o do imposto de importa��o para compras de at� US$ 50 para empresas certificadas pela Receita Federal. Para remessas acima desse valor (incluindo frete e outros encargos), � cobrada uma al�quota de 60%.

Costa disse que a Loungerie s� negocia com empresas certificadas contra o trabalho escravo, infantil e que garanta a sustentabilidade do produto. Segundo ele, o Brasil hoje tem cerca de 400 mil f�bricas t�xteis, mas menos de 2% s�o certificadas pela Abvtex.

Nesse cen�rio, buscar excel�ncia no produto traz custos, e isen��es como o do Remessa Conforme prejudica a competitividade, segundo ele.

"50% da produ��o da Loungerie � feita l� fora. Eu pago, em m�dia, 110% de impostos do custo do produto que eu importo. Esse mesmo produto est� chegando por outra plataforma sem um centavo de imposto", reclamou. "Isonomia fiscal a� nada", emendou.

O executivo ponderou que tamb�m � preciso de mais conscientiza��o das pessoas para questionar por que um mesmo produto, que em outra loja custa R$ 120, chega �s casas das pessoas por meio de compras de internet por R$ 20. "A sociedade ainda est� caminhando para se conscientizar sobre a origem dos produtos".

Ao lado de Costa no evento estavam Patriciana Rodrigues, presidente do Conselho de Administra��o da Pague Menos, Helena Bertho, diretora global de Diversidade e Inclus�o do Nubank, e Gilberto Peralta, presidente da Airbus Brasil e conselheiro da Azul Linhas A�reas.