
O desafio da empregabilidade para quem tem alguma defici�ncia � fazer com que os empres�rios acreditem em sua capacidade produtiva. Na data em que � comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Defici�ncia, um exemplo de quem oferece oportunidade para pessoas com defici�ncia (PCDs) � a rede de fast food McDonald’s. Um dos principais focos da empresa � a inclus�o social. Por isso, hoje, 3 de dezembro, � importante destacar o cuidado e o respeito que a organiza��o tem quando se fala em diversidade.
Paulo Eduardo Coutinho Oliveira, de 48 anos, tem s�ndrome de Down e trabalha h� 17 anos no restaurante McDonald's do Diamond Mall, localizado no nobre Bairro de Lourdes, na Zona Sul de Belo Horizonte.
Quando a m�e adoeceu, o rapaz precisou ir morar com uma tia num bairro vizinho e rapidamente aprendeu a ir sozinho, de �nibus, de uma casa a outra. Pouco tempo depois, a m�e morreu e os irm�os, vendo que ele era capaz, resolveram investir na sua independ�ncia. O irm�o mais velho foi quem o levou para trabalhar no McDonald's.
E, para a surpresa de todos, superou as melhores expectativas. N�o s� conseguiu adaptar-se r�pido ao emprego, como ia e voltava sozinho do trabalho. A esta��o de frituras de batatas � seu local preferido no restaurante. Quando est� de folga, assistir a filmes na TV e brincar com o sobrinho de 1 ano e seis meses s�o suas atividades prediletas. Bem-humorado e extremamente carinhoso, Paulo Eduardo tem outros tr�s irm�os.
PERFIL DOS CANDIDATOS As tr�s caracter�sticas que a empresa procura identificar nos seus candidatos s�o: a capacidade de se adaptar aos processos estabelecidos nos restaurantes, motiva��o e vontade de fazer parte do time e disponibilidade para realizar as entregas necess�rias.
O processo de sele��o ocorre por meio de abertura das vagas, de acordo com as necessidades e possibilidades de cada local de trabalho, sejam para os restaurantes ou escrit�rios.
Somente em Belo Horizonte e regi�o metropolitana, o McDonald’s emprega hoje quase 40 pessoas portadoras de algum tipo de defici�ncia. Em todo o estado, a rede tem 72 PCDs, 35 dos quais em Belo Horizonte.
Quase 24% da popula��o brasileira � composta por pessoas que t�m algum tipo de defici�ncia. De acordo com o �ltimo Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), no Brasil h� 45 milh�es de pessoas com defici�ncia. Segundo os dados da Rela��o Anual de Informa��es Sociais 2015, 403,2 mil pessoas com defici�ncia trabalham formalmente.
DIREITOS CONQUISTADOS
A LEI DE COTAS
A chamada Lei de Cotas (Lei 8.213 de 24 de julho 1991) completa 27 anos desde a sua san��o. Ela define que todas as empresas privadas com mais de 100 funcion�rios devem preencher entre 2% e 5% das vagas com trabalhadores que tenham algum tipo de defici�ncia.
A distribui��o fica da seguinte maneira: as empresas que t�m de 100 a 200 funcion�rios devem reservar, obrigatoriamente, 2% das vagas para pessoas com defici�ncia; entre 201 e 500 funcion�rios, 3%; entre 501 e 1000 funcion�rios, 4%; empresas com mais de 1001 funcion�rios, 5% das vagas.
A baixa escolaridade e a falta de qualifica��o profissional s�o apontadas como as principais causas da n�o contrata��o de pessoas com defici�ncia, al�m da adapta��o necess�ria na estrutura f�sica das organiza��es, para que os espa�os possam ser adequados ao trabalho e ao deslocamento dos profissionais.
De acordo com o art. 2º da Lei 10.098/2000, acessibilidade � a possibilidade e condi��o de alcance para utiliza��o, com seguran�a e autonomia, dos espa�os, mobili�rios e equipamentos urbanos, das edifica��es, dos transportes e dos sistemas e meios de comunica��o, por pessoa portadora de defici�ncia ou com mobilidade reduzida.