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Estado de Minas

Computadores mudam modo de ensinar e aprender em escola da Grande S�o Paulo

MEC enviou � escola 380 notebooks que s�o usados pelos 700 alunos do ensino b�sico


postado em 30/01/2012 08:59 / atualizado em 30/01/2012 09:02

S�o Paulo – O uso do caderno ainda n�o foi abolido na Escola Municipal Jocymara Falchi Jorge, em Guarulhos, munic�pio da Grande S�o Paulo. No entanto, o modelo tradicional de ensino com l�pis e papel perdeu um pouco da sua import�ncia desde a chegada do programa Um Computador por Aluno (UCA), em outubro de 2010. O Minist�rio da Educa��o (MEC) enviou � escola 380 notebooks que s�o usados pelos 700 alunos do ensino b�sico nos tr�s turnos escolares.

“Os computadores chegaram na escola e, em princ�pio, foi um susto, ningu�m sabia o que seria”, conta a coordenadora pedag�gica Andreia Gomes da Costa destacando as dificuldades que tiveram de ser superadas para implanta��o do projeto. “N�o tinha computador na escola, ent�o n�o tinha onde guardar direito, n�o tinha como carregar tantos computadores de uma vez”, lembra.

O primeiro rev�s do programa na escola foi o roubo de metade dos computadores pouco tempo depois da entrega. “A gente n�o espera que isso v� acontecer, um projeto t�o bonito, para as crian�as da comunidade”, lamenta Andreia. Os notebooks perdidos foram, entretanto, rapidamente repostos pelo MEC e ganharam arm�rios especiais, com cadeado e tomadas, para mant�-los sempre carregados. A Secretaria Municipal de Educa��o tamb�m fornece assist�ncia t�cnica cont�nua.

Vencidos os problemas log�sticos, foi preciso enfrentar uma nova batalha: a resist�ncia de alguns dos 33 professores em lidar com a tecnologia. “Quando veio o programa para a gente, eu quis ir embora da escola. Porque eu nunca tinha mexido [com computador], me apavorei. N�o tinha no��o do que me esperava”, relata Ana L�cia Pires, professora com 29 anos de experi�ncia em sala de aula.

A contragosto, Ana L�cia foi inclu�da no programa de capacita��o para o corpo docente. Aos poucos, com o incentivo dos colegas, ganhou “amor” pela tecnologia. “O fundamental aqui foi a coletividade. Uma ir olhando e vendo que a outra estava conseguindo”, diz a coordenadora Andreia. Assim, aos poucos, todo os professores acabaram aderindo � novidade.

Atualmente, Ana L�cia se considera inserida no mundo digital. “Constru� um blog. Fa�o postagem. Me acrescentou muito”, comemora. O contato com a tecnologia mudou a forma de dar aula e pensar da professora. “Lousa e giz � necess�rio, de vez em quando”, pontua.

O sucesso veio ainda mais f�cil com os estudantes. “Poucos conheciam o notebook. Mas crian�a tem uma facilidade muito grande. Eles n�o t�m medo de nada, ent�o, eles fu�am mesmo”, explica a professora Daniela Coelho. A coordena��o estima que apenas 30% tenham computadores em casa.

Exemplo de intimidade com a tecnologia, Gabriela Correia, 7 anos, filmava os colegas com a webcam enquanto a professora concedia entrevista � Ag�ncia Brasil. A jovem aproveitava para brincar nos �ltimos minutos de classe, depois de ter terminado de desenhar um cart�o de Natal proposto pela professora. “Eu fa�o com eles uma troca: primeiro a gente faz a atividade, depois eles est�o liberados para brincar. Ent�o, tem uns que brincam nos pr�prios jogos do notebook e t�m outros que entram na internet”, conta Daniela.

Apesar das distra��es oferecidas pela m�quina, todos na escola garantem que os notebooks t�m o poder de atrair a aten��o dos estudantes, inclusive dos mais dispersos. “Eu tenho aluno que tem dificuldade em fazer registro em caderno, fazer atividade em livro. E quando eu dou o notebook, vejo que a crian�a faz com a maior facilidade”, explica Daniela sobre os ganhos que as telas de sete polegadas trouxeram para a sala de aula. “As crian�as t�m mais interesse, vem com mais gosto para a escola. A frequ�ncia aumentou”, refor�a a professora Ana L�cia.

Na reuni�o de pais e mestres do ano passado, os alunos usaram o computador e apresentaram, em formato digital, as atividades desenvolvidas ao longo do ano. Este ano, o UCA entrar� em uma nova fase na Escola Municipal Jocymara Falchi Jorge. Acaba o apoio e a capacita��o fornecido pela Universidade de S�o Paulo (USP) e a pr�pria escola ser� respons�vel por apresentar o sistema did�tico aos novos professores que vierem trabalhar na institui��o.


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