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Estado de Minas

Corte de verbas amea�a excel�ncia das escolas p�blicas mais bem colocadas no Enem

Dirigentes de Coluni, Coltec e Cefet, tr�s institui��es federais mineiras que se destacaram no ranking de escolas p�blicas do Enem, alertam: corte de verbas amea�a laborat�rios, aulas pr�ticas e pesquisas de ponta


postado em 12/08/2015 06:00 / atualizado em 12/08/2015 07:21

Cefet em BH sofre com redução de repasses e com greve de servidores, que não tiveram reivindicações atendidas pelo MEC (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS )
Cefet em BH sofre com redu��o de repasses e com greve de servidores, que n�o tiveram reivindica��es atendidas pelo MEC (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS )

A crise financeira que atinge a educa��o no Brasil p�e em risco a excel�ncia das escolas p�blicas mineiras mais bem colocadas no Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem 2014). Segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), seis das 10 institui��es p�blicas com melhor m�dia nas provas objetivas do exame s�o federais de Minas. Dirigentes dessas escolas temem que, no m�dio prazo, o corte de verbas afete a infraestrutura, dificultando a manuten��o e amplia��o de laborat�rios, e comprometa a aquisi��o de equipamentos para as aulas pr�ticas e outros investimentos essenciais para o desenvolvimento de pesquisa de ponta. “� um corte s�rio. Retira recursos de investimento na ordem de 50% e 10% do custeio. Certamente, ao parar de investir no pedag�gico, teremos reflexos mais para a frente”, afirmou o diretor do Col�gio de Aplica��o da Universidade Federal de Vi�osa (Coluni), Edson Lu�s Nunes.

''Vai atrasar compra de equipamentos e renovação de laboratórios''- Márcio Silva Basílio, diretor do Cefet Minas(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS )
''Vai atrasar compra de equipamentos e renova��o de laborat�rios''- M�rcio Silva Bas�lio, diretor do Cefet Minas (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS )
O Coluni foi o segundo melhor colocado no Brasil entre as escolas p�blicas e o primeiro em Minas. O excelente desempenho dos alunos na principal avalia��o do ensino m�dio contrasta com as not�cias de cortes. Dos R$ 120 mil previstos para investimento em 2015, s� vieram R$ 61,5 mil. Dos R$ 83 mil de custeio, foram liberados cerca de R$ 71 mil. As outras institui��es que ocupam as tr�s primeiras posi��es em Belo Horizonte – Col�gio Militar de Belo Horizonte, Col�gio T�cnico da Universidade Federal de Minas Gerais (Coltec/UFMG) e o Cefet Minas – enfrentam problemas semelhantes. “O corte n�o vai paralisar, mas vai atrasar a compra de equipamentos e impedir a renova��o dos laborat�rios”, diz o diretor do Cefet Minas, M�rcio Silva Bas�lio.

Em todo o estado, as nove unidades do Cefet Minas abrigam cursos t�cnicos, gradua��es e p�s-gradua��es. De um total de R$ 80 milh�es or�ados para este ano, foram congelados 10% dos R$ 45 milh�es do custeio e cortados R$ 15 milh�es dos R$ 35 milh�es previstos para obras e aquisi��o de equipamentos. O in�cio do semestre letivo s� n�o foi adiado em fun��o da greve dos t�cnicos-administrativos porque, nos cursos t�cnicos, as matr�culas ocorrem no in�cio do ano. No Coltec, o diretor da institui��o, Carlos Eduardo Porto Villani, disse que o corte de 30% no or�amento da UFMG tamb�m atingiu a sua institui��o. A perda de recursos dificultar� a renova��o de computadores e manuten��o de laborat�rios. “Haver� impacto para o col�gio no futuro”, diz.

''Haverá impacto para o colégio no futuro'' - Carlos Eduardo Villani, diretor do Coltec(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS )
''Haver� impacto para o col�gio no futuro'' - Carlos Eduardo Villani, diretor do Coltec (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS )
Alunos preocupados Al�m do corte de recursos, os col�gios federais sofrem com a greve dos t�cnicos-administrativos em educa��o. Os reflexos da paralisa��o s�o sentidos na rotina dos estudantes. Sem eles, bibliotecas, por exemplo, ficam de portas fechadas. No Cefet Minas, setores como o de registro escolar e de est�gio est�o parados. A manuten��o e organiza��o dos laborat�rios tamb�m ficam prejudicadas. Como os professores continuam trabalhando, as aulas n�o foram suspensas, mas, sem esse suporte, h� limita��es. Alunos j� temem impactos sobre a qualidade das institui��es. “O corte de verba afeta desde o funcionamento da institui��o at� a perman�ncia do estudante na escola. Os laborat�rios no Cefet, por muito tempo, n�o ter�o como ser expandidos”, diz a representante dos estudantes no Conselho Diretor do Cefet Minas, Tha�s M�tia.

Segundo Tha�s, a crise j� pode ser sentida entre os estudantes que precisam de assist�ncia. No segundo semestre, o Cefet n�o abriu o processo de concess�o de bolsas para perman�ncia estudantil. Ela afirma que cortes de verba tamb�m podem ser percebidos nos servi�os de limpeza e seguran�a.

No Col�gio Militar, tamb�m houve repasses menores de verbas. Mas, segundo a assessoria de imprensa da institui��o, os impactos s�o menores porque os recursos v�m do Sistema Col�gio Militar do Brasil, vinculado ao Ex�rcito. “Est�o sendo mantidos pelo Ex�rcito as prioridades de forma��o, especializa��o, ensino, dentre outras, portanto, mesmo diante da atual situa��o, os impactos foram os menores poss�veis”, informou a assessoria por meio de nota. Recursos do MEC, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa��o (FNDE), passaram de R$ 40,4 mil em 2014 para R$ 38,6 mil este ano.

 


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