
O Plano Municipal da Educa��o foi aprovado por 34 votos a um depois de uma sess�o conturbada na C�mara Municipal de Belo Horizonte na tarde de ontem. Depois de acordo entre oposi��o e o governo, foram votados, em separado, tr�s blocos de emendas. No primeiro bloco foram inclu�das as emendas do governo e as propostas pela base crist�, os outros dois blocos inclu�ram emendas apresentadas pela comiss�o de educa��o. Foi aprovado o bloco de emendas que barravam as brechas para o que foi considerado por parte dos vereadores como “ideologia de g�nero”. Foram 32 votos. Os vereadores Arnaldo Godoy, Pedro Patrus e Tarc�sio Caixetas, todos da bancada do PT, foram contr�rios.
O debate em torno da quest�o de g�nero nas escolas ocupou a maior parte da sess�o, que durou tr�s horas, reduzindo a discuss�o sobre emendas que propunham a valoriza��o salarial dos profissionais. Toda a sess�o foi acompanhada por representantes de grupos crist�os, da Rede Cidad� de Pais e Rede Estadual de A��o pela Fam�lia dividiram as galerias com professores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educa��o da Rede P�blica de Belo Horizonte (Sind-Rede). Em diversos momentos, houve bate-boca entre os grupos, que tinham entendimento distintos sobre a inclus�o da discuss�o de g�nero nas escolas.
Liderados pelo vereador Autair Gomes (PSC), o grupo de vereadores que era contra a discuss�o de g�nero nas escolas defendeu que cabe � fam�lia e n�o � escola o papel de educar quando se trata de orienta��o sexual. “A quest�o da sexualidade deve ser discutida pelos pais ou outros n�cleos de que eles fa�am parte, n�o pela escola. As emendas sobre as quais nos debru�amos eram as que tratavam da quest�o de g�nero. Qualquer insinua��o ou brecha que poderia ter � ideologia de g�nero n�o foi contemplada”, disse o vereador que � contr�rio a banheiros unissex nas escolas. O vereador Adriano Ventura (PT) informou que as emendas propostas pelo bloco crist�o objetivam prevenir a inclus�o ou alus�o da quest�o de g�nero na educa��o formal de BH. “O ensino de educa��o sexual, introdu��o de termos ligados � religi�o, todo esse tipo de express�o foi suprimido do plano.”
Foram rejeitadas emendas propostas pela Sind-Rede. “O plano, de 10 anos, n�o garantiu nenhum tipo de direito ao professorado. Com certeza, estamos dando aval para, no futuro, termos novas greves”, disse o vereador Adriano Ventura (PT), que foi contra a inclus�o da discuss�o de g�nero e a favor da valoriza��o dos professores.