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Estado de Minas

Percentual de negros em universidades dobra, mas � inferior ao de brancos

Em 2015, 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao n�vel superior, segundo pesquisa divulgada hoje pelo IBGE


postado em 02/12/2016 10:56

Aumenta o número de negros que conseguem chegar à universidade, mas percentual ainda é inferior ao de brancos(foto: Cristina Horta/EM)
Aumenta o n�mero de negros que conseguem chegar � universidade, mas percentual ainda � inferior ao de brancos (foto: Cristina Horta/EM)

O percentual de negros no n�vel superior deu um salto e quase dobrou entre 2005 e 2015.  Em 2005, um ano ap�s a implementa��o de a��es afirmativas, como as cotas, apenas 5,5% dos jovens pretos ou pardos na classifica��o do IBGE e em idade universit�ria frequentavam uma faculdade. Em 2015, 12,8% dos negros entre 18 e 24 anos chegaram ao n�vel superior, segundo pesquisa divulgada hoje (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Comparado com os brancos, no entanto, o n�mero equivale a menos da metade dos jovens brancos com a mesma oportunidade, que eram 26,5% em 2015 e 17,8% em 2005. Os dados foram constatados pela S�ntese de Indicadores Sociais - Uma an�lise das condi��es de vida da popula��o brasileira. A pesquisa tamb�m mostra que os anos de ensino influenciam no sal�rio: quanto maior a escolaridade, maior o rendimento do trabalhador.
De acordo com o IBGE, a dificuldade de acesso dos estudantes negros ao diploma universit�rio reflete o atraso escolar, maior neste grupo do que no de alunos brancos. Na idade que deveriam estar na faculdade, 53,2% dos negros est�o cursando n�vel fundamental ou m�dio, ante 29,1% dos brancos.

Na �ltima d�cada, o Brasil conseguiu aumentar o n�mero de estudantes entre 15 e 17 anos no Ensino M�dio de 81,6% para 85%. No entanto, o IBGE avalia que o crescimento foi t�mido e destaca o impacto da "pedagogia da repet�ncia" na evas�o escolar entre os mais pobres.

Estudos citados pelo IBGE apontam que a alta repet�ncia ainda no ensino fundamental "vem prejudicando uma gera��o", uma vez que jovens ficam desestimulados a estudar. "Os dados internacionais mostram que, em 2009, o Brasil era o pa�s que tinha a maior taxa de repet�ncia no [ensino] fundamental, comparado aos demais da Am�rica Latina e Caribe", disse a especialista do IBGE respons�vel pelo tema, Betina Fresneda. 

Pobres t�m mais acesso a universidades

Por outro lado, na d�cada, apesar das dificuldades de acesso, as a��es afirmativas ou pol�ticas p�blicas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) - de bolsas em universidades privadas - sinalizam uma "tend�ncia de democratiza��o" do ensino superior, segundo o relat�rio. O percentual de alunos pobres nas universidades p�blicas passou de 6,2% para 8,3%, enquanto nas pagas subiu de 0,8% para 4%.

"Essas pol�ticas v�o desde o aumento de reservas de vagas nas institui��es p�blicas direcionadas aos alunos de diferentes perfis (pessoas com defici�ncia, procedentes de escola p�blica, com baixa renda familiar, etnias espec�ficas etc.) at� o aumento do financiamento estudantil reembols�vel ou n�o reembols�vel dispon�vel aos alunos", destaca o documento do IBGE.

Al�m de pol�ticas p�blicas para incentivar jovens a frequentar universidades, o IBGE destaca como incentivadores deste aumento os programas de acelera��o escolar, que corrigem a defasagem idade-ano de alunos repetentes, e a condi��o econ�mica das fam�lias, que permitiram aos jovens estudar, em vez de se dedicarem s� ao trabalho.

No per�odo, a escolaridade m�dia do brasileiro com 25 anos ou mais tamb�m subiu para 7,9 anos, o que ainda n�o corresponde ao ensino fundamental completo. A defasagem em rela��o a outros pa�ses, como o Chile, onde a popula��o alcan�ou 7,3 anos de escolaridade em 1985, mostra, segundo o IBGE, que "o d�ficit educacional brasileiro � hist�rico e que sua altera��o � necessariamente lenta".

J� a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais caiu de 11,1% para 8%. Entre os brasileiros com mais de 65 anos, um em cada quatro n�o sabem ler nem escrever - mas este indicador tamb�m apresentou diminui��o.

Educa��o infantil

Com a obrigatoriedade de crian�as e adolescentes entre 4 e 17 anos frequentarem a escola, a partir de 2013, os indicadores sobre educa��o infantil tamb�m melhoraram. O n�mero de crian�as entre 4 a 5 anos na escola subiu 30%, de 13% para 25% aos 4 anos e de 62,8% para 84,3% aos 5 anos.

Segundo a pesquisa, a escolariza��o mais precoce de crian�as permite que elas estejam mais preparadas para o ensino fundamental e cumpre meta da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), que aprovou a universaliza��o da educa��o para crian�as entre 4 e 5 anos.


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