
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), o aumento no pre�o da inscri��o corrige o valor pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) n�o aplicado nos �ltimos anos. Est�o isentos estudantes de escolas p�blicas concluintes do ensino m�dio em 2017; participantes carentes que atendam aos crit�rios do Cad�nico (sistema de acesso a programas sociais, como o bolsa-fam�lia); estudantes que se enquadrarem nas exig�ncias da Lei 12.799/2013 (renda familiar per capita de at� um sal�rio m�nimo e meio, o equivalente a R$ 1.405,50, ou que cursaram o ensino m�dio completo em escola da rede p�blica ou como bolsista integral em escola da rede particular).
O Enem passa a ser aplicado em dois domingos – 5 e 12 de novembro. O Inep estima a participa��o de 7,5 milh�es de candidatos, contra 8,6 milh�es de 2016. A diminui��o se deve ao fato de que agora o exame deixa de certificar o ensino m�dio, tarefa que volta a ser cumprida pelo Exame Nacional para Certifica��o de Compet�ncias de Jovens e Adultos (Encceja).
Outra mudan�a � na reda��o, tradicionalmente aplicada no segundo dia de provas. Agora, os alunos far�o a produ��o de texto no primeiro dia, com linguagens e c�digos e ci�ncias humanas. Com isso, o dia 5 ter� o maior tempo de avalia��o: cinco horas e 30 minutos. No dia 12, ser�o quatro horas e 30 minutos, com as provas de ci�ncias da natureza e matem�tica.
No quesito seguran�a, mudam crit�rios do caderno de quest�es, que passam a ter nome e n�mero de inscri��o do participante. O objetivo � facilitar a identifica��o de poss�veis fraudadores. Os cadernos continuam a ter cores diferentes, mas n�o ser� mais necess�rio assinalar a cor no cart�o-resposta. Est� mantida a obrigatoriedade de transcrever a frase de seguran�a do caderno para o cart�o-resposta.
Um novo recurso de acessibilidade come�a a ser oferecido, em car�ter experimental. Os participantes surdos ou deficientes auditivos poder�o participar de aplica��o experimental de um dispositivo em v�deo contendo quest�es traduzidas em L�ngua Brasileira de Sinais (Libras). Outra novidade � em rela��o ao tempo adicional, que n�o poder� mais ser solicitado na hora da prova, mas apenas no ato da inscri��o – exclusividade de participantes deficientes ou com outra condi��o especial.
A inclus�o da op��o “outra condi��o espec�fica” tamb�m � novidade e contemplar� participantes que n�o se enquadram nos requisitos necess�rios ao atendimento especializado, mas precisam de algum recurso para a prova, considerando um rol de doen�as.
Troca de pap�is A prepara��o do processo seletivo mais aguardado do ano por quem est� de olho numa vaga no ensino superior exige o apoio dos familiares. Acompanhar sem pressionar � a dica de psic�logos e professores. Para entender melhor o “mundo Enem” e estimular os filhos a estudar, o col�gio Magnum Buritis, na Regi�o Oeste de BH, chamou familiares para conhecerem melhor a prova. S�bado de manh�, pais e m�es e alunos do 9º ano do fundamental ao 3º ano do m�dio participaram do Enem fam�lia, em sua segunda edi��o. Juntos, eles resolveram 36 quest�es das quatro �reas cobradas no exame.
O primeiro objetivo, como explica a coordenadora dessas s�ries na escola, Jacqueline Fonseca, � os pais perceberem como as �reas de conhecimento s�o cobradas no exame. O segundo � faz�-los se aproximar dos filhos. “Pais e m�es se sentiram desafiados com essa nova proposta de ensino, pois a maioria � de uma gera��o em que era cobrada a memoriza��o. Para o Enem isso n�o funciona.” Os resultados ser�o computados hoje, com direito a ranqueamento por ano e s�rie. Todos fizeram o mesmo teste, com quest�es interpretativas selecionadas por uma equipe de professores. Os pais s� saber�o se conseguiriam uma vaga em universidade federal depois da p�scoa. “para fazer o mist�rio do Enem e para sentirem a ansiedade de aguardar o resultado da prova”.
A psic�loga Marcela Pinheiro Rocha, de 46, participou do Enem fam�lia pela segunda vez. M�e de Isabela, de 14, aluna do 1º ano do ensino m�dio, fez a prova do col�gio ano passado com a filha Lu�za, de 18, que se formou no 3º ano. “Hoje, o aluno tem a possibilidade de interpretar o enunciado e essa � a chave das quest�es. Na minha �poca era beab�, isso � isso, aqui � aquilo. A proposta de nos fazer entender o que � o Enem e como ele � cobrado facilita o acompanhamento dos filhos”, conta. Em gabarito extraoficial, ela acredita ter acertado 83% das quest�es. “S� n�o passaria em medicina, mas acho que entraria na UFMG”, disse, bem-humorada.