
Com a proximidade da regulamenta��o das plataformas de apostas esportivas e a revela��o da Opera��o Penalidade M�xima, do Minist�rio P�blico de Goi�s, que exp�s um esquema de manipula��o de jogos no futebol brasileiro, as casas de apostas ganharam destaque.
Algumas dessas empresas est�o se esfor�ando para proteger a integridade do esporte e reduzir o v�cio em jogos, tamb�m conhecido como ludopatia, reconhecido pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) desde 1980. Estima-se que no Brasil, entre 1% e 1,3% da popula��o enfrenta problemas patol�gicos relacionados a esse h�bito.
Pesquisas de institui��es renomadas indicam que o percentual de pessoas que desenvolvem compuls�o por jogos tem crescido, embora n�o seja maior do que em outras �reas, como alcoolismo, drogas, medicamentos, alimenta��o e pornografia.
Mundialmente, os percentuais variam entre 2% e 5% em todos esses segmentos. O patrocinador oficial do Brasileir�o, galera.bet, acredita que mesmo com n�meros n�o t�o elevados, o controle do v�cio deve ser prioridade na ind�stria e na regulamenta��o, que atualmente est� em discuss�o no governo e deve se tornar um projeto de lei votado na C�mara.
Marcos Sabi�, CEO do galera.bet, afirma, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que a ind�stria n�o deve tolerar pessoas com compuls�o e que a��es preventivas devem ser desenvolvidas por todas as empresas do setor. Sabi� se reuniu com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secret�rio especial do minist�rio, Jos� Francisco Mansur, para discutir a regulamenta��o das apostas esportivas no Brasil.
A medida, que j� foi elaborada pelo governo, deve ser debatida no Congresso, gerando preocupa��o no setor. A Playtech, parceira do galera.bet, desenvolveu o 'Bet Buddy', uma intelig�ncia artificial que combate a compuls�o do apostador por meio de alertas e mensagens.
A ferramenta pode tornar a plataforma menos atraente e, em casos extremos, bloquear o acesso. Sabi� defende que o jogo respons�vel seja o foco das discuss�es regulat�rias e uma obriga��o para todos os operadores. Outra plataforma, a Esportes da Sorte, que patrocina dez clubes das s�ries A, B e C do futebol brasileiro, oferece ferramentas para auxiliar no controle emocional e financeiro dos clientes.
Seu CEO, Darwin Filho, ressalta, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", que o jogo deve ser visto como entretenimento e encarado com responsabilidade. A empresa adota medidas como limita��es de valores, tempo de uso, restri��es tempor�rias e suporte psicol�gico atrav�s de institui��es parceiras.
A Betfair, patrocinadora da equipe feminina do Palmeiras e de personalidades do futebol, como Ronaldo Fen�meno, disponibiliza bloqueio de conta, controle de gastos e at� orienta��es para familiares e amigos do apostador.
Especialistas, como o doutor em psicologia pela USP e coordenador de psicologia esportiva do Comit� Ol�mpico do Brasil (COB), Eduardo Cillo, acreditam que a regulamenta��o e regras bem definidas podem ajudar, mas n�o eliminar completamente o problema.
Cillo destaca a import�ncia de criar uma estrutura de apoio para lidar com o aumento no n�mero de viciados e de promover campanhas educativas. Ele sugere a��es governamentais e abordagens dentro do sistema educacional brasileiro, desde a adolesc�ncia, para prevenir o v�cio desde cedo.