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Estado de Minas

Mulheres se envolvem em apenas 13,2% dos acidentes com v�timas


postado em 08/03/2011 07:13 / atualizado em 08/03/2011 08:20

Louise Marilac pilota moto durante o dia e dirige táxi à noite(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)
Louise Marilac pilota moto durante o dia e dirige t�xi � noite (foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A Press)


Vinte e um anos de carteira de habilita��o e nenhum acidente. A caminhoneira Telma Alves, de 39 anos, que hoje cruza a BR-040 transportando min�rio de uma mina no munic�pio de Nova Lima at� a capital, se orgulha da tranquila trajet�ria ao volante. ''Sou muito prudente. J� evitei muito acidente por estar atenta e por dirigir para mim e para os outros'', conta a caminhoneira, habilitada desde 1989.

A hist�ria dela � um retrato da situa��o da mulher no tr�nsito. Estat�sticas do Departamento de Tr�nsito de Minas Gerais (Detran-MG) mostram que, em Belo Horizonte, condutores do sexo feminino se envolvem muito menos em acidentes automobil�sticos do que os homens. Em 2009, eles estavam no volante em 82,9% das batidas de tr�nsito com v�timas, enquanto as mulheres representaram 13,2%. Em 2008, a tend�ncia n�o foi diferente: 85,2% das ocorr�ncias com v�timas na capital foram causadas por homens, enquanto 12% tiveram a mulher como condutora. Nos dois anos, os registros sem informa��o sobre o motorista representaram 3,74% e 2,74%, respectivamente.

''A mulher � menos agressiva do que o homem tanto no tr�nsito urbano quanto no rodovi�rio. Mas nas estradas, a grande maioria dos condutores � homem e, por isso, eles tamb�m s�o a maior parte dos motoristas envolvidos em acidentes'', afirma o inspetor da Pol�cia Rodovi�ria Federal Aristides J�nior. Segundo ele, por ser mais cautelosa, muitas vezes a mulher prefere n�o se arriscar no tr�nsito de rodovias, marcado por altas velocidades, manobras mais agressivas e acidentes graves.

Para o analista de rela��es comunit�rias da Empresa de Transportes e Tr�nsito de Belo Horizonte (BHTrans) Ronaro Ferreira, entre os fatores que fazem da mulher uma condutora mais cautelosa nas vias urbanas est� o fato de o autom�vel ser para ela um meio de transporte e n�o um s�mbolo de poder, de exibi��o, de status e de desejo. ''As mulheres t�m menos infra��es por excesso de velocidade, praticamente n�o participam de pegas, cavalo de pau, disputas de velocidade ou outros tipos de competi��o. Os homens, muitas vezes, usam o carro para se exibir'', afirma Ronaro Ferreira.

Seguro mais barato

O bom comportamento das mulheres nas vias urbanas e nas estradas rende a elas um al�vio no bolso na hora de fazer o seguro dos ve�culos. Empresas do ramo concedem um desconto de aproximadamente 10% se quem estiver ao volante for do sexo feminino. ''Fazemos isso com base nas estat�sticas de acidentes. Os dados mostram que elas s�o minoria entre os condutores respons�veis pelas trag�dias de tr�nsito. S�o tamb�m mais cuidadosas com os ve�culos e mais atenciosas no tr�nsito'', explicou o vice-presidente do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais, Goi�s, Mato Grosso e Distrito Federal (Sindseg), �ngelo Vargas Garcia .

Outro ponto favor�vel �s motoristas � a gravidade das ocorr�ncias. ''Al�m de a quantidade ser menor, o custo do acidente tamb�m � mais barato, j� que eles s�o mais leves'', disse. Tamb�m propriet�rio de uma seguradora, Garcia conta que na empresa dele 57% dos segurados s�o mulheres, que registram, segundo ele, maturidade maior e mais precoce no tr�nsito. ''Na minha companhia, os acidentes come�am a diminuir entre as mulheres a partir dos 25 anos, enquanto entre os homens a redu��o s� ocorre depois dos 30 anos'', contou Garcia.

Motociclistas

Mais procurada nos centros de forma��o de condutores, a categoria A teve crescimento de 142,3% entre o total de condutores habilitados em Belo Horizonte entre 2001 e 2009, saltando de 9,7 mil para 23,7 mil. A tend�ncia de crescimento, que tamb�m se repete em Minas - o aumento foi de 293% no estado no mesmo per�odo - � resultado do uso cada vez maior da moto para o transporte remunerado, segundo o chefe da Divis�o de Habilita��o e Controle do Condutor do Detran, delegado Anderson Fran�a.

Para as habilitadas nas categorias A, AB, C, AD, AE em Belo Horizonte, o aumento entre 2001 e 2009 foi de 347%. Se em 2001 eram 3,2 mil, em 2009 passaram para 14,4 mil nessas categorias. Entre elas est� a motogirl Louise Marilac, de 39 anos. Habilitada na categoria AD, ela dirige e pilota cerca de 17 horas por dia, revezando entre o servi�o de motoentrega durante o dia e o transporte de passageiros no t�xi, � noite. ''Encontrei-me na profiss�o. Amo o que fa�o'', conta Marilac.

Embora representem um universo muito maior, o crescimento entre os homens nas mesmas condi��es foi de 105%. As habilita��es do sexo masculino nas cinco categorias passaram de 80,3 mil para 165,7 mil no per�odo.

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