Advogado de militares pede fim de investiga��es das mortes no Aglomerado da Serra

O advogado Ricardo Gil de Oliveira Guimar�es deve impetrar ainda nesta quinta-feira um habeas corpus no Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette, em Belo Horizonte, pedindo que a Pol�cia Civil deixe de investigar o assassinato de dois moradores do Aglomerado da Serra, na madrugada de 19 de fevereiro. O advogado defende dois dos suspeitos – os soldados Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa – e entende que a apura��o n�o cabe a um delegado, mas � pr�pria Pol�cia Militar.

"A emenda constitucional 45 diz que crimes militares de homic�dio praticados contra civil ser�o julgados pelo Tribunal do J�ri, mas essa mesma emenda n�o revogou a compet�ncia da Policia Militar de investigar", disse o advogado, que entrou com pedido de revoga��o de pris�o para seus clientes, na Justi�a Militar, e aguarda decis�o.

Semana passada, o delegado da Pol�cia Civil Fernando Miranda precisou ir � Corregedoria da PM para ouvir os tr�s suspeitos, mas Jason e Jonas se recusaram a prestar declara��es. Um terceiro militar envolvido no crime, o �nico que havia falado no Inqu�rito Policial Militar (IPM) – e que n�o teve a pris�o preventiva solicitada � Justi�a pela Pol�cia Civil –, concordou em falar. O soldado Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte sustentou que n�o estava presente no momento da execu��o.

Os tr�s soldados tiveram suas pris�es decretadas pelo Tribunal do J�ri e tamb�m pela Justi�a Militar. Eles est�o recolhidos em batalh�es da pr�pria PM. Um quarto envolvido nas mortes, o cabo F�bio de Oliveira, de 45, foi encontrado morto na cela do 1º Batalh�o, em um suposto suic�dio.

O chefe da Divis�o de Crimes contra a Vida, delegado Wagner Pinto de Souza, informou que a Pol�cia Civil est� fazendo o seu trabalho normalmente e continua investigando. "Se a Justi�a mandar trancar o inqu�rito, tranco. Quem decide � a Justi�a", disse Wagner Pinto.