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Estado de Minas

Venda de lacres esquenta carro irregular em Minas

Pol�cia Civil investiga desvio de selos de placas no p�tio do Detran-MG no Bairro Gameleira, em BH, para uso em ve�culos clonados ou fora das especifica��es de f�brica


13/05/2011 06:00 - atualizado 13/05/2011 06:37

O dispositivo de segurança obrigatório é instalado na traseira do carro, no emplacamento ou quando há troca de placa por furto ou avaria
O dispositivo de seguran�a obrigat�rio � instalado na traseira do carro, no emplacamento ou quando h� troca de placa por furto ou avaria (foto: Beto Novaes - 5/12/05/EM/D.A Press)
Um esquema de desvio de lacres de seguran�a de placas de ve�culos � investigado pela Pol�cia Civil na unidade do Departamento de Tr�nsito de Minas Gerais (Detran-MG) no Bairro Gameleira, Regi�o Oeste de Belo Horizonte. A fraude foi descoberta depois que um vistoriador forneceu a pe�a a um despachante, que a repassou a um cliente. Como ele n�o soube instalar o dispositivo, foi ao p�tio da pr�pria unidade pedir ajuda.

O lacre de seguran�a mant�m a placa traseira do ve�culo presa � estrutura. � um dispositivo previsto no C�digo de Tr�nsito Brasileiro (CTB). Adquirido pelos meios legais, n�o � caro. A taxa de selagem � de R$ 37,08. Depois do pagamento, o ve�culo deve ser apresentado ao setor de emplacamento para fixa��o do lacre. Esse servi�o � feito no p�tio do Bairro Gameleira por 10 funcion�rios terceirizados.

Mas, se o ve�culo tem modifica��es fora das especifica��es de f�brica ou se for uma clonagem, a selagem, pode, no caso ilegal, custar R$ 1 mil ou mais fora do Detran. “O dono de um carro rebaixado, quase arrastando no ch�o, ou turbinado gastaria cerca de R$ 2 mil para regulariz�-lo, depois de passar pela vistoria no Detran. Mas h� quem prefira pagar caro pelo lacre ilegal para manter as modifica��es no ve�culo como se elas estivessem dentro das especifica��es legais”, denuncia uma fonte do Detran-MG, que pediu anonimato.

O chefe-adjunto do Detran, delegado Elcides Guimar�es, confirma que houve afastamento de policiais civis suspeitos de envolvimento no esquema, mas n�o revela quantos e como eles agiam. “As investiga��es est�o em andamento, por meio de uma sindic�ncia, e qualquer informa��o que eu passar pode atrapalh�-las. � um fato. No ano passado, tivemos outras den�ncias an�nimas que n�o resultaram em nada. J� a deste ano foi confirmada”, disse o delegado.

Ainda segundo a fonte, o chefe anterior da unidade do Bairro Gameleira, delegado Luiz Cl�udio Figueiredo, tinha conhecimento do esquema. “Ele flagrou uma situa��o semelhante na qual um despachante teria desviado um lacre para um motoqueiro, que foi filmado pelas c�meras do Olho Vivo lacrando o carro de um terceiro no estacionamento da Igreja S�o Jos�. Foi preso e levado para a sede do Detran, na Avenida Jo�o Pinheiro”, disse.

Abafado

O motoqueiro, conforme o servidor, confessou e relatou como funciona o esquema em um termo circunstanciado de ocorr�ncia (TCO). “Ele disse que estava a servi�o de um despachante, mas o caso n�o deu em nada. Os funcion�rios terceirizados supostamente envolvidos foram transferidos do Detran e o caso abafado”, disse o servidor p�blico, ressaltando que os acusados deveriam responder pelo crime de corrup��o passiva, que prev� pena de um a oito anos de pris�o.

“Recentemente, mais 10 pessoas foram transferidas de setor no Bairro Gameleira e outras tiveram f�rias for�adas. Algumas voltaram, mas seus cargos estavam ocupados por outras pessoas”, disse o denunciante. Para ele, uma das medidas para acabar com o esquema seria lan�ar o n�mero do lacre no certificado de registro e licenciamento do ve�culo. “Numa blitz ou mesmo para quem est� adquirindo um ve�culo haveria mais seguran�a e meios para detectar clones e outras irregularidades.”

Ainda segundo a den�ncia, os lacres usados devem ser destru�dos ou reciclados. Mas, no local de emplacamento eles s�o jogados ao ch�o e podem ser apanhados por qualquer um. “S�o elementos de seguran�a e identifica��o”, ressalta o servidor, alertando que dispositivos ilegais s�o instalados principalmente em motos irregulares. De acordo com o artigo 311 do C�digo Penal, adulterar ou remarcar n�mero de chassis ou qualquer sinal identificador de ve�culo automotor, de seu componente ou equipamento pode resultar em pena de tr�s a seis anos de reclus�o.


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