Cansada depois da jornada de trabalho ou afoita para chegar no hor�rio dos compromissos, a multid�o que se aglomera nas esta��es de metr� de Belo Horizonte � espera de transporte n�o imagina que, em caso de uma pane mais grave, pode n�o contar com equipamentos b�sicos de combate a inc�ndio em condi��es de apagar as chamas que por acaso tomem conta das plataformas e ve�culos. Pelo menos 15 extintores de inc�ndio aparentam n�o ter condi��es de serem usados para debelar fogo. Est�o com seus marcadores no vermelho, indicando necessidade de recarga, ou j� registram n�vel zero de carga. Al�m disso, em cinco caixas onde deveriam estar guardados extintores, a reportagem do EM constatou que n�o havia nenhum tipo de equipamento.
Al�m dos extintores, duas mangueiras de alta press�o n�o foram encontradas nas caixas instaladas nas paredes das esta��es. Somando tudo isso, � poss�vel dizer que h� pelo menos 22 pontos vulner�veis de combate a inc�ndios nas 19 esta��es de metr�. A pior delas � a Minas Shopping, que recebe um grande volume de passageiros vindos do centro de compras hom�nimo. L�, apesar das placas indicativas, n�o h� tr�s dos extintores marcados. Dois outros est�o vazios ou necessitando de recarga. Restam, para cobrir toda a extens�o da plataforma, dois equipamentos em condi��es de uso.
“� um absurdo n�o ter uma ferramenta b�sica para a nossa seguran�a. A gente tem de colocar tudo nas m�os de Deus mesmo”, desabafa a dom�stica Dilza Marotta, de 71 anos, que mora nas proximidades e seguia para o trabalho no Centro. “Quando isso aqui (plataforma) fica cheio, quase n�o tem lugar para andar. Imagina todo mundo correndo e outros tentando apagar o fogo sem conseguir”, alerta a professora Ana Maria de carvalho, de 65.
Apesar de ter sido constatada a presen�a de cadeirantes embarcando sozinhos, a CBTU informou que eles s�o acompanhados por agentes da companhia. Tamb�m foi comunicado que os extintores passam por manuten��o peri�dica. A empresa disse que est� prevista a impermeabiliza��o dos telhados e considera que o amianto n�o � prejudicial � sa�de na forma de telha. Quanto ao aperto dos passageiros, a informa��o � de que 40% mais vagas poder�o ser abertas com a aquisi��o de 10 trens, compra que depende da aprova��o do governo federal. Assim que forem liberados os recursos, a expectativa � que as composi��es sejam entregues num prazo m�nimo de 43 meses. Ou seja, se a autoriza��o for dada ainda em 2011, os ve�culos s� usados no segundo semestre de 2015.
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