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Estado de Minas

Fam�lias ficam presas em casa durante os jogos no Independ�ncia


postado em 13/11/2012 06:00 / atualizado em 13/11/2012 08:29

PM promete mudar as estratégias para conter confusões de torcedores no entorno do Independência(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press - 12/9/12)
PM promete mudar as estrat�gias para conter confus�es de torcedores no entorno do Independ�ncia (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press - 12/9/12)


Apesar do julgamento de integrantes da Galoucura por assassinato, as torcidas organizadas ainda levam preocupa��o constante �s autoridades e moradores no entorno dos est�dios, receosos com embates violentos e incomodados com as algazarras, comuns em dias de jogos. A reclama��o rotineira leva a pol�cia at� a reavaliar a estrat�gia de policiamento, depois de registrar no entorno da Arena Independ�ncia, na capital, depreda��o a vag�es do metr�, correria pelas ruas do Bairro Sagrada Fam�lia, explos�o de bombas, danos ao patrim�nio e brigas. Recentemente, duas torcidas rivais de um mesmo time protagonizaram um tumulto, deixando moradores presos em casa e exigindo da PM a amplia��o do cintur�o de seguran�a para ruas mais distantes.

Passava das 22h, quando a professora aposentada Eliane Pena, de 58 anos, chegava em casa, na Rua Genoveva de Souza, ap�s o jogo entre Cruzeiro e Santos, no Independ�ncia. Enquanto esperava a porta da garagem se abrir, Eliane viu uma multid�o descontrolada descer a rua, chutando os port�es das casas e derrubando motos. Atr�s do grupo com uniforme da Mancha Azul vinha a cavalaria da Pol�cia Militar. “A cena foi de apavorar”, diz ela, que deu guarita a um senhor assustado que seguia em ao metr�.

Acuados em dias de jogos, comerciantes da regi�o vendem produtos atr�s das grades e preferem controlar a entrada de torcedores. Outros, fecham as portas antes do in�cio do primeiro tempo. “Alguns torcedores tentam consumir e sair sem pagar”, conta um comerciante de 60 anos, que prefere n�o se identificar. Recentemente, janela de uma casa na Rua Alabastro foi apedrejada porque o morador atleticano manteve a bandeira do lado de fora, em dia de jogo do advers�rio.

Na Rua Pitangui, h� relatos de bombas e brigas. Em 10 de outubro, quando o Cruzeiro perdeu para o Santos, a pol�cia tentou evitar uma confus�o entre torcedores da M�fia Azul e do Pavilh�o Independente, iniciada no Port�o 7. O t�cnico em telecomunica��es aposentado Jo�o Ad�o Vieira, de 79, lembra que mais de 100 torcedores se aglomeravam no trecho e amea�aram invadir casas depois de fugir da PM. “Falta � pol�cia ser mais ostensiva, com maior quantidade de policiais, porque os baderneiros est�o a fim de fazer besteira. Fico com medo de sair de casa e, ao mesmo tempo, de que eles queiram entrar”, afirma. A mesma sensa��o teve a professora Eliane Pena: “Parecia que vinha uma avalanche, um furac�o. Eles gritavam, xingavam e derrubaram motos, chutavam as portas dos moradores. Entrei correndo, com medo”, diz.

Cintur�o

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Rog�rio Andrade, explica que a estrat�gia da pol�cia se fundamenta em locais de visibilidade, como esta��es do metr� e pontos de �nibus, no cintur�o do entorno do est�dio e em trechos de deslocamento. “Perto da pol�cia, eles n�o v�o fazer nada, mas um pequeno grupo pode se afastar porque na regi�o h� fluidez por diversos lugares. Da� a import�ncia de a sociedade colaborar com den�ncia, para que haja redirecionamento do policiamento m�vel o mais r�pido poss�vel”, afirma o oficial. Ele diz que a PM faz an�lise das ocorr�ncias a cada evento e remaneja o policiamento.

Segundo o comandante do 16° Batalh�o, tenente-coronel Robson Queiroz, o policiamento estar� mais avan�ado at� o fim do campeonato. Ele detalha que o cintur�o com viaturas e policiais a p� privilegia pontos de circula��o, mas que os locais s�o alterados antes mesmo do in�cio dos jogos, dependendo da movimenta��o dos torcedores. “O comportamento de massa muda e cada jogo a gente trata como um jogo diferente”, diz ele.

Fam�lias pedem mais seguran�a

O presidente da Associa��o de Amigos e Moradores do Entorno do Est�dio Independ�ncia, Adelmo Gabriel Marques j� solicitou uma reuni�o com a operadora do est�dio para pedir que o assunto seja discutido na pr�xima reuni�o da Comiss�o de Monitoramento da Viol�ncia em Eventos Esportivos e Culturais (Comoveec), da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). O jornal Nossa Hist�ria Arena, que circular� nas pr�ximas semanas, tamb�m vai alertar � popula��o de que aqueles que se sentirem lesados devem fazer registro policial, a fim de cobrar na Justi�a o ressarcimento por algum dano. Por outro lado, autoridades cobram altera��es no Estatuto do Torcedor, para que as torcidas tamb�m sejam punidas quando houver problemas do lado de fora do campo.

Luciene Pedrosa, da Associa��o de Moradores da Sagrada Fam�lia que as fam�lias precisam ser ouvidas pela pol�cia para elaborar a estrat�gia de policiamento e de fiscaliza��o. “Fui convidada para a reuni�o dessa comiss�o para discutir as quest�es que envolvem um show em breve, mas acho que devemos estar l� para encontrar caminhos porque o entorno do est�dio est� ao Deus dar�”, critica.

Segundo o presidente da Associa��o, Adelmo Garcia Marques, os moradores se sentem presos dentro de casa. “Ningu�m se aventura a sair em dia de jogo”. Adelmo diz ainda que as arrua�as de torcedores e brigas entre torcidas organizadas geram clima de inseguran�a no bairro e cita ruas que precisam de mais seguran�a.


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