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Estado de Minas

Rep�blicas prometem muita bebida para buscar mais clientes no carnaval de Ouro Preto


postado em 04/12/2012 06:00 / atualizado em 04/12/2012 09:07

A Verdes Mares exibe foto de animado baile carnavalesco para conquistar hóspedes durante as festas(foto: Reprodução da internet)
A Verdes Mares exibe foto de animado baile carnavalesco para conquistar h�spedes durante as festas (foto: Reprodu��o da internet)


Em meio ao luto pela morte de dois estudantes por excesso de bebida alco�lica em rep�blicas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), na Regi�o Central de Minas, alunos de outras moradias cedidas pela institui��o de ensino ignoram o alerta e j� anunciam pacotes para o carnaval de 2013, tendo entre os atrativos a fartura de �lcool. Das 21 rep�blicas com programa��o no portal carnavalouropreto.com, 13 s�o federais. A bebida liberada 24 horas � o principal chamariz e algumas at� fazem apologia ao exagero.

Os pre�os dos pacotes individuais variam de R$ 375 a 950, por quatro, cinco ou seis dias de hospedagem, com direito a cerveja a qualquer hora do dia e da noite, al�m de vodca com energ�tico, cacha�a, u�sque, caipirinha e outros drinques. Nas rep�blicas particulares, o pre�o de um pacote para oito pessoas chega a custar R$ 8,9 mil, com direito a um c�modo da casa abarrotado de bebidas.

A farta bebida nas rep�blicas federais � o principal atrativo tamb�m para as chamadas festas tem�ticas, regadas a cuba libre, mojito caribenho, pi�a colada, rum, vodca com en�rgico, entre outras bebidas quentes. A carta varia de acordo com o hor�rio e o tema da festa. Na festa francesa, por exemplo, al�m da cerveja o p�blico bebe absinto. Na festa do M�xico, a promessa � de tequila � vontade. A escocesa ser� regada a u�sque e a russa, a vodca. O Brasil entra com caipirinha.

Na propaganda, a hospedaria federal Hospício promete festa temática com muita caipirinha e cerveja(foto: Reprodução da internet)
Na propaganda, a hospedaria federal Hosp�cio promete festa tem�tica com muita caipirinha e cerveja (foto: Reprodu��o da internet)
Ao pre�o de R$ 950 o pacote masculino e R$ 650, o feminino, a rep�blica federal Verdes Mares promete muita divers�o movida a bebidas quentes. Durante o carnaval, os moradores da Bastilha v�o se mudar para a Doce Bastilha, que � feminina, para ceder o im�vel aos h�spedes. “Oferecemos hospedagem, alimenta��o e muita, mas muita bebida, mesmo. S�o quatro dias de carnaval e a pessoa pode beber 24 horas por dia, sem parar. Bebe o tanto que aguentar”, desafia um dos moradores da Bastilha. “Teremos festas tem�ticas, festa baiana, cabar� e festa a fantasia. Cerveja � o tempo todo e nas festas tem�ticas vamos servir tamb�m vodca, absinto e cacha�a”, completa o estudante. “Para quem sobreviveu, vem a� o carnaval Doce Bastilha 2013”, anuncia o site da moradia , que batizou a festa de encerramento de “S� n�o vai quem j� morreu”, dedicada �s pessoas que “ainda aguentam mais um dia de golo”.

 

Tudo liberado

A grande promessa da Rep�blica Quitandinha � de n�o faltar bebida para seus h�spedes durante a festa de momo. “Temos bebida � vontade e vamos liberar tequila, vodca, rum e outras”, disse um estudante. A Rep�blica Canaan j� est� no segundo lote de vendas de pacotes. O masculino custa R$ 900 e o feminino, R$ 730. “Inclui hospedagem, alimenta��o e bebidas liberadas o tempo todo, como vodca com energ�tico, cerveja, caipirinha e mojito”, promete um morador da rep�blica.

A Tabu está com pacote praticamente esgotado para a folia de 2013, a ser regada por bebida à vontade(foto: Reprodução da internet)
A Tabu est� com pacote praticamente esgotado para a folia de 2013, a ser regada por bebida � vontade (foto: Reprodu��o da internet)
Na Casanova n�o h� mais vagas para homens e a grande procura, segundo os moradores, deve-se �s bebidas de melhor qualidade que v�o servir. “Vamos ter as bebidas mais caras, os melhores u�sques e as melhores vodcas. Cerveja, nem preciso falar. A pessoa pode ficar o dia e a noite toda tomando cerveja, at� n�o aguentar mais”, anuncia um rapaz.

As rep�blicas Tabu, Marragolo, Cosa Nostra, Cassino, Formigueiro, Gaiola de Ouro e a Pronto-Socorro, todas federais, tamb�m est�o com os pacotes praticamente esgotados. Elas tentam vencer a concorr�ncia oferendo uma carta de bebidas variada e com produtos de qualidade. “Cerveja liberada todos os cinco dias, 24 horas. Caf� da manh� e almo�o todos os dias. Tradicionais cacha�as mineiras curtidas em diversos sabores. Frozen e gelatinas com vodca 24 horas por dia. Caipirinha liberada 24 horas por dia. Muita curti��o com bebidas diferentes e festas tem�ticas”, anuncia a Rep�blica Hosp�cio em seu site na internet.

 

Festan�a � permitida pela Ufop

A república federal Quitandinha promete bar aberto 24 horas durante o carnaval com surpresas(foto: Reprodução da internet)
A rep�blica federal Quitandinha promete bar aberto 24 horas durante o carnaval com surpresas (foto: Reprodu��o da internet)
Em fevereiro deste ano, o reitor Jo�o Luiz Martins divulgou carta aos moradores de rep�blicas estudantis, dizendo que a universidade, como institui��o p�blica de ensino, n�o tem o objetivo de organizar festas e blocos carnavalescos, mas que n�o impede alunos e funcion�rios de participarem do carnaval.

O reitor lembra que em 2010 a administra��o da Ufop decidiu pelo fechamento das rep�blicas no per�odo carnavalesco, atendendo a uma recomenda��o do Minist�rio P�blico, e tamb�m devido � insatisfa��o da popula��o com o car�ter comercial das festas. Mas, diante do apelo da prefeitura, a Ufop voltou atr�s.

“Foi acordado assim, mediante procedimento de controle claro e oficial, aprovado pelo Conselho Universit�rio da Ufop e pelo Minist�rio P�blico, que as rep�blicas federais poderiam receber convidados, familiares e ex-alunos para as festas do carnaval, desde que fossem de apresentadas � administra��o da Ufop as devidas presta��es de contas (receitas e despesas), pass�veis de serem auditadas tanto pela auditoria da universidade quanto pelo Minist�rio P�blico Estadual”, diz a carta do reitor.

Jo�o Luiz Martins refor�ou que os recursos obtidos com as festas deveriam ser obrigatoriamente investidos na manuten��o e conserva��o dos im�veis da universidade, e que as eventuais sobras seriam depositadas no caixa �nico da Uni�o. Isso, segundo ele, para impedir que os im�veis sejam utilizados para fins econ�micos. “Por�m, isso n�o configura uma atividade comercial com gera��o de lucro para terceiros e sim uma a��o garantidora dos interesses culturais da cidade e de preserva��o do seu pr�prio patrim�nio. Tudo sem fins lucrativos” argumenta a carta.

 

 

 


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