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Estado de Minas

Buracos nas ruas s�o mais frequentes na Pampulha

Regional foi a que mais investiu recursos nas opera��es tapa-buracos. De acordo com a prefeitura, custo do servi�o varia de acordo com o tamanho do defeito no pavimento


postado em 14/04/2013 00:12 / atualizado em 14/04/2013 07:20

Buraco na Rua Patagônia, no Sion, foi causado por obra da Copasa (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Buraco na Rua Patag�nia, no Sion, foi causado por obra da Copasa (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
O levantamento feito pelo Estado de Minas nas nove regionais de Belo Horizonte mostra que a Regional da Pampulha foi a que mais tapou buracos em 2012. Atendendo as 6.686 reclama��es que chegaram ao Sistema de Atendimento ao Cidad�o, a empresa terceirizada corrigiu 88.487 imperfei��es no asfalto de mais de 2.925 ruas. Este ano, a regional continua liderando o ranking de consertos, mas as reclama��es j� ultrapassaram em 3% o n�mero de 2012 apenas no primeiro trimestre, atingindo 6.899 solicita��es. O gasto chega a R$ 632 mil neste per�odo, contra R$ 2.093.954 no ano anterior. No entanto, a dimens�o do buraco � o que regula o tamanho do investimento, segundo a prefeitura, uma vez que algumas regionais gastaram mais do que isso para fechar um n�mero menor de imperfei��es no asfalto.

A Noroeste, por exemplo, investiu R$ 3.374.037 para cobrir somente 2.150 imperfei��es no pavimento, gerando despesa m�dia de R$ 1.569 para o conserto de cada buraco. J� a Regional do Barreiro gastou R$ 2 milh�es para acabar com 11 mil buracos. Nesse caso, o custo de cada problema foi de R$ 181, igual ao valor de um pneu novo para carros de passeio. Para o empres�rio Leonardo Silveira, de 30 anos, o preju�zo com sua caminhonete foi maior. H� dois meses, um dos pneus rasgou ao passar em um buraco numa rua do Bairro Buritis, na Regi�o Oeste. Ele teve que comprar um novo, por R$ 800. “Os buracos afetam tamb�m o sistema amortecedor. Acho que a solu��o seria trocar todo o asfalto”, disse depois de ter acabado de passar em mais um buraco no bairro, dessa vez na Rua Alessandra Salum Cadar.


Segundo as regionais, cada uma delas t�m autonomia para fechar contratos individuais, a partir das licita��es. Pelo sistema descentralizado, as nove regi�es da cidade acabam atendidas por empresas de engenharia e reparo diferentes. “H� 20 anos essas vias foram pavimentadas e muitas ruas j� n�o acompanham o crescimento da cidade. Isso tudo influi. Tapar buraco � mesmo um paliatiavo, mas em 2012 j� come�amos o recapeamento. A ideia � fazer esse tipo de interven��o nos grandes corredores, come�ando pelas vias de maior circula��o e de acesso a bairros movimentados e destinando os recursos das opera��es tapa-buracos para a recupera��o total do asfalto, o que assegura uma durabilidade maior porque o pavimento antigo � removido e a estrutura do piso � refeita”, explica o secret�rio da Regional Pampulha, Humberto Pereira, lembrando que o recapeamento come�ar� pelo entorno da Lagoa da Pampulha, cart�o-postal da cidade.

Operação Tapa-Buracos na Serra, Região Centro-Sul da capital(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Opera��o Tapa-Buracos na Serra, Regi�o Centro-Sul da capital (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
Transtorno � geral

Na Centro-Sul, os gastos ultrapassaram R$ 880 mil para consertar 28.321 buracos. Na Rua Patag�nia, no Sion, uma cratera aberta por mais de uma semana na altura do n�mero 602 provocou muito inc�modo para moradores, comerciantes e motoristas que passam pela regi�o. A imperfei��o no asfalto foi aberta para trabalhos em um po�o de acesso � rede da Copasa. Era escavado e coberto todos os dias, no fim da tarde, mas a chuva do fim de semana piorou a situa��o. O buraco pegou motoristas desprevenidos e deixou o tr�nsito congestionado no local.

“A movimenta��o de carros aqui � intensa e o tr�nsito fica supercarregado no hor�rio de pico. Depois que abriram o buraco, ficou ainda pior. As filas de carro eram gigantescas”, disse a vendedora da loja de m�veis em frente ao local. Ela conta que clientes deixaram de fazer compras por causa do problema. A secret�ria adjunta da regional, Nilda Xavier, admite o transtorno, mas diz que os buracos de concession�rias n�o s�o de responsabilidade da prefeitura. “Causam um desconforto danado. Mas a gente avisa e eles � quem t�m que tapar.”

Professora do Departamento de Engenharia de Transportes da UFMG e especialista em pavimentos, Jisela Aparecida Santana Greco se assusta com os valores gastos e o n�mero de buracos. Ela considera que o servi�o de tapa-buracos poderia funcionar melhor caso fosse benfeito. “Se a restaura��o fosse completa, prorrogaria a vida �til do asfalto em dois ou tr�s anos. S� tapar buraco corre o risco de gastar em v�o e ter de refazer o trabalho”, argumenta Jisela. “� claro que requer mais tempo, interdita o tr�nsito e custa mais caro, mas o ideal � retirar tudo o que foi danificado. Se o pavimento estiver todo esburacado, ent�o, nem adianta o tapa-buraco. Tem mesmo � que reconstruir.”

Ela lembra que o asfalto usado na Avenida Ant�nio Carlos para instala��o dos corredores do BRT (da sigla em ingl�s para bus rapid transit) � de concreto. “O pavimento r�gido tem durabilidade de 20 anos e � mais resistente que o pavimento flex�vel, com vida �til de 10 anos. Mas n�o justifica implement�-lo na cidade toda. Seria importante, por exemplo, para grandes avenidas e corredores, como a Contorno, a Afonso Pena, a Nossa Senhora do Carmo”, sugere a especialista.

O gerente de Manuten��o da Regional Noroeste, Rosemar Cossenzo Gea, informou, por meio de sua secret�ria, que todas as regionais t�m os mesmos valores fixos para os contratos de tapa-buracos e que o trabalho consiste em recuperar todas as imperfei��es. No caso da Nordeste, o argumento � de que o contrato destina um valor fixo mensal para determinada quantidade de massa asf�ltica. Segundo a assessoria da regional, a profundidade e tamanho do buraco acabam interferindo nos valores previamente acertados, principalmente nos meses da temporada de chuva. No restante do ano, ainda que a quantidade de buracos seja menor, o valor fixo prevalece. A regional Barreiro informou que os gastos tamb�m variam de acordo com a malha vi�ria da regional.


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