Tiro que atingiu adolescente saiu de arma pequena

A Pol�cia Civil j� sabe que a bala que atingiu a adolescente A.L.S., de 17 anos, � de pistola calibre 6.35, uma arma pequena. O proj�til estava alojado na cabe�a da jovem e foi retirado durante uma cirurgia. O laudo j� consta no procedimento aberto pela Corregedoria da Pol�cia Civil para investigar se ela teria sido baleada pelo delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto. Os dois mantinham um relacionamento afetivo. O incidente aconteceu na estrada que liga Lavras Novas a Ouro Preto, no domingo.

Segundo a advogada do policial, Maria Am�lia Tupynamb�, a arma particular de Toledo � um rev�lver calibre 38, apreendido no apartamento dele, no Bairro Buritis, por uma equipe da corregedoria que cumpriu mandado de busca e apreens�o. Ela afirma que Toledo n�o usava mais arma da corpora��o e que o recibo de devolu��o tamb�m foi recolhido na casa dele.

O delegado est� preso na Casa do Policial Civil e a defesa n�o pretende entrar com pedido de relaxamento de pris�o tempor�ria, alegando que o policial est� colaborando com as investiga��es. A adolescente continua em estado grave no Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII.

A. e Toledo se conheceram quando ela ainda ela tinha 14 anos e morava com a fam�lia no mesmo pr�dio do delegado. Pessoas pr�ximas ao casal afirmam que os dois se relacionavam desde ent�o. Toledo nega que houvesse namoro e diz que a jovem o perseguia, apesar das fotos do casal com brindes e poses rom�nticas postadas na p�gina dela do Facebook. Em 19 de mar�o, A. fez um registro de ocorr�ncia acusando o policial de t�-la agredido com chutes e socos. Ela foi atendida no HPS e teria quebrado dois dedos.

A Delegacia de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente, na qual o delegado chegou a cobrir licen�a de uma colega no ano passado, o indiciou pela agress�o, oferecendo � jovem medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. A Justi�a decretou o afastamento entre a v�tima e o agressor em 3 de abril – 11 dias antes do incidente. Toledo deveria ter sido intimado imediatamente, j� que se tratava de uma medida urgente, mas o Tribunal de Justi�a informou � corregedoria que o oficial de Justi�a n�o conseguiu encontr�-lo. Ele estava lotado na Delegacia Especializada de Atendimento � Pessoa Deficiente e ao Idoso. O oficial de Justi�a tamb�m deve ser chamado para depor.