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Estado de Minas

Copa atrai mais mulheres para a prostitui��o em BH


postado em 19/05/2013 06:00 / atualizado em 19/05/2013 07:37

Garotas de programa de cidades do interior de Minas e de outros estados pretendem trabalhar nas ruas de Belo Horizonte durante a Copa do Mundo. A presidente da Associa��o das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, revelou que, desde fevereiro, recebeu mais de 300 e-mails de mulheres de outras capitais e munic�pios mineiros que planejam se hospedar em BH no pr�ximo ano.

  “Muitas s�o do Rio, S�o Paulo, Fortaleza e Pernambuco”, conta. As mulheres pedem sugest�es de boates e perguntam quais os pontos de prostitui��o mais lucrativos. “Pedem sugest�es de locais para hospedagem: hot�is baratos, quitinetes, pens�es. A gente pesquisa e manda os pre�os. Na Copa, as ruas v�o encher para danar”, acrescentou.

A Aprosmig estima que haja cerca de 80 mil prostitutas em BH, incluindo as 30 mil que trabalham nas ruas. “Os pontos est�o cheios, a tend�ncia � ocupar novas ruas. Elas buscam locais onde historicamente j� h� esse tipo de servi�o, como o entorno da lagoa”, informou.

Ela acredita que a presen�a das prostitutas inibe crimes. “Se tem garota ali, n�o vai ter marginalidade para roubar ningu�m. Ela serve de vigia. Se perceber algu�m fazendo algo errado, vai chamar a pol�cia”, disse. Cida alega que as profissionais sofrem preconceito. “Elas n�o perturbam ningu�m, s�o cidad�s, trabalhadoras, m�es de fam�lia, mas muita gente acha que � imoral”, constata.

J� vi briga de cliente com prostituta e at� gente fazendo sexo fora do carro. Eles n�o t�m o menor respeitoMoradora do Mangabeiras

Se tem garota ali, n�o vai ter marginalidade para roubar ningu�m. Ela serve de vigia. Se perceber algu�m fazendo algo errado, chama a pol�cia
- Cida Vieira, presidente da Associa��o de Prostitutas de Minas Gerais
 
 
Novatas pagam di�ria


(foto: TULIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
(foto: TULIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
Carla Cristiane, de 28 anos, estava de p� em uma cal�ada da Rua dos Estados, no Jardim Atl�ntico, na Regi�o da Pampulha. Usava short curto e apertado, e a blusa deixava parte da barriga � mostra. A mo�a, que evitou revelar o nome inteiro, disse que trabalha no local h� cinco anos e negou que o n�mero de prostitutas na regi�o tenha aumentado nos �ltimos meses. “Sou uma das mais novas. Tem gente que est� aqui h� 20 anos. Os pontos est�o cheios demais”, reclamou.
 
As novatas que tentam um espa�o s�o expulsas ou acabam pagando uma esp�cie de di�ria, que pode chegar a R$ 50, para as veteranas. “Tem gente que cobra pela rua. Na minha rua, n�o cobro de ningu�m, mas tamb�m ningu�m fica”, disse.

Carla contestou a den�ncia de que a prostitui��o favorece o uso de drogas. “� comum moradores chamarem a pol�cia, falando que a gente est� com droga. A pol�cia vem e n�o acha nada. Aqui, a gente n�o deixa ficar garota que usa ou vende droga”, garantiu.

PBH promove cadastramento

A prefeitura informou que vai abordar as prostitutas na regi�o. “Estamos fazendo um mapeamento para saber em que locais elas trabalham”, afirmou o secret�rio da Regional Pampulha, Humberto Pereira de Abreu. Depois, assistentes sociais conversar�o com elas, para saber a hist�ria de cada uma. Feita em parceria com igrejas e organiza��es n�o governamentais, a iniciativa n�o pretende reprimir ou constranger ningu�m. “Queremos saber por que est�o l�. O objetivo tamb�m � identificar usu�rios de drogas e oferecer um caminho para que saiam dessa situa��o”, explica.

Segundo Abreu, o projeto � desenvolvido h� quase 10 anos no Bairro Santa Branca, na mesma regi�o, onde tr�s mulheres deixaram a prostitui��o. Ele disse ainda que n�o h� estimativa de quantas pessoas trabalham na orla. “O trabalho � feito por causa das drogas, n�o tem rela��o com sexo. A pessoa pode ficar l�, tranquila, tem o direito de ir e vir, de trabalhar livremente”, ressalta.

O presidente da Associa��o dos Amigos da Pampulha (Apam), Fl�vio Marcus Ribeiro de Campos, afirmou que o cadastramento j� � uma forma de coibir a prostitui��o na regi�o. O ideal, segundo ele, � que as mulheres sejam direcionadas para locais mais apropriados que n�o sejam perto das casas.



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