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Estado de Minas

C�digo de Posturas de BH completa uma d�cada de desrespeito

C�digo de Posturas completa 10 anos cercado de problemas. Pedestre � a principal v�tima do descumprimento da lei


postado em 14/07/2013 00:12 / atualizado em 14/07/2013 09:09

Areia impede acesso das pessoas a orelhão na Raja Gabáglia(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Areia impede acesso das pessoas a orelh�o na Raja Gab�glia (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Enquanto misturavam massa e rebocavam tijolos, pedreiros que trabalhavam numa constru��o em frente ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Avenida Raja Gab�glia, Regi�o Centro-Sul, n�o se deram por satisfeitos em bloquear parte da cal�ada. Em meio ao servi�o, soterraram com areia e entulho a base de uma placa de carga e descarga, parte do piso podot�til, essencial para quem tem problemas visuais, e o telefone p�blico que serve � regi�o, deixando o material no local por pelo menos tr�s dias. Distante dali, a vida dos pedestres ao longo das avenidas Dom Pedro II e Ab�lio Machado � igualmente dif�cil. Raro caminhar em linha reta nesses locais, onde � preciso desviar de artigos � venda, buracos e bancas de camel�. Hoje, o C�digo de Posturas de Belo Horizonte completa 10 anos, com avan�os como a proibi��o do com�rcio informal no Hipercentro e a retirada dos outdoors. Mas situa��es de desrespeito �s normas de padroniza��o, algumas delas absurdas, como as encontradas nos principais corredores da capital, mostram por que a quantidade de infra��es tem aumentado em m�dia 7% ao ano.

Desde 2012, a fiscaliza��o da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) registrou 33.445 autua��es por infra��es do c�digo, m�dia de 84 por dia. Dados da Secretaria Municipal de Servi�os Urbanos mostram uma tend�ncia de aumento das infra��es. Foram 30.835 em 2010 e 32.213 em 2011, crescimento que chega a 8,4% na compara��o com o ano passado. Comparando o per�odo de janeiro a abril de 2012 com os quatro primeiros meses deste ano, o n�mero de de autua��es e multas foi de 9.870 para 10.480 (6%).

Gincana

O trajeto do posto de sa�de ao ponto de �nibus mais parece uma gincana de obst�culos para a bab� Daiane Pires Rocha, de 26 anos. Com a filha de 9 meses segura no colo, a jovem se espreme e vira at� de lado para atravessar o corredor estreito formado por pilhas de para-choques e cap�s, onde vez por outra um mec�nico cruza de um lado para outro e come�a a serrar metal ou a fazer solda. � assim na Avenida Dom Pedro II, antes da esquina com a Rua Tom�s Brand�o, onde as lojas de pe�as e oficinas usam o passeio como dep�sito, expositor de mercadorias e at� uma extens�o das suas atividades quando precisam reparar pe�as maiores. At� ve�culos s�o suspensos por macacos e consertados, deixando como �nica passagem a pista de rolamento.

“Essas pe�as n�o s�o todas nossas. Tem muito cliente que traz o material para consertar e deixa do lado de fora porque n�o temos espa�o para guardar e depois atender”, tentou se justificar um dos lojistas, que n�o quis dar o nome. Contudo, uma vez que a loja n�o tem espa�o para a atividade que se prop�e a fazer, pode ser autuada.

Vencidas as fileiras de sucata e pe�as, Daiane ainda precisa ter cuidado com os buracos, falhas no cal�amento e at� uma canaleta de drenagem aberta. “Minha preocupa��o � com minha filha. J� tomei tombos no meu bairro (Ouro Preto, na Pampulha) por causa dos buracos, mas estava sozinha. Com ela, aqui, tenho de ficar mais atenta”, diz a bab�.

V�deo mostra desrespeito nas ruas e cal�adas de BH



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