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Estado de Minas

Projeto incentiva fiscaliza��o e Raja Gab�glia deve virar bom exemplo


postado em 14/07/2013 00:12 / atualizado em 14/07/2013 12:08

Algumas concessionárias já obedecem as determinações da Prefeitura de BH(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Algumas concession�rias j� obedecem as determina��es da Prefeitura de BH (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Um territ�rio sem lei, onde 90% das regras do C�digo de Posturas chegaram a ser desrespeitadas. Assim era a Avenida Raja Gab�glia, entre as regi�es Centro-Sul e Oeste, at� o in�cio de mar�o. Isso at� que a via se tornasse alvo do projeto Amar BH, que estabeleceu fiscaliza��o modelo e toler�ncia zero para obstru��o de cal�adas e outras infra��es �s normas de postura. O panorama da Raja Gab�glia mudou bastante, chagando a registrar uma queda de 51% no n�mero de infra��es at� maio. Na �ltima semana, pelo menos 10 edif�cios reformavam seus passeios com aux�lio de empresas de engenharia para se adequar �s regras que privilegiam o deslocamento a p� e a organiza��o de estacionamentos e mobili�rios. Ainda h� cenas de desrespeito na avenida, mas � ineg�vel que houve muito avan�o. Ainda n�o h� um balan�o final das atividades, j� que a PBH deseja consolidar as pr�ticas na avenida para s� ent�o passar esse projeto piloto para outras vias.

A inten��o � que sejam contempladas tamb�m as avenidas Afonso Pena, Amazonas, Andradas, Ant�nio Abrah�o Caram, Avenida C (continua��o da Presidente Carlos Luz no entorno do Mineir�o), Chaffir Ferreira (Avenida dos Esportes), do Contorno, Coronel Oscar Paschoal, Cristiano Machado, das Palmeiras, Pedro I, Nossa Senhora do Carmo, Otac�lio Negr�o de Lima, Presidente Ant�nio Carlos, Carlos Luz, Professor Magalh�es Penido, Santa Rosa, Silviano Brand�o e Tereza Cristina.

De acordo com o secret�rio municipal de Servi�os Urbanos, Daniel Nepomuceno, um dos grandes conflitos era causado pelos abusos praticados por concession�rias. A situa��o ainda n�o est� normalizada, pois o problema persiste em alguns estabelecimentos. � comum que as lojas usem o recuo do edif�cio para expor os autom�veis � venda, mas muitos deles avan�am al�m da demarca��o, chegando a invadir a �rea destinada � circula��o dos pedestres. A conserva��o dos passeios tamb�m � prec�ria em alguns pontos, onde a cal�ada portuguesa se desprendeu e deixou um buraco no local. A falta de manuten��o de caixas de cabeamentos e tubula��es se tornou armadilhas para os transeuntes. Problemas que devem ser sanados pelos propriet�rios das edifica��es que ficam em frente, ou pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que deve depois cobrar dos propriet�rios os custos dos servi�os executados.

Falta de consci�ncia

Enquanto n�o re�ne condi��es para implantar duas pr�teses na cabe�a dos f�mures, o professor Ronaldo Brand�o, de 57 anos, precisa se deslocar com o aux�lio de duas muletas. Um esfor�o ainda pior devido � falta de regularidade do piso dos passeios da avenida por onde anda com frequ�ncia. “Aqui o pedestre parece um invasor. Encontramos v�rios obst�culos na nossa frente, alguns deles de pura falta de consci�ncia de lojistas e clientes”, diz. Por mais de uma vez, o professor esteve perto de sofrer um acidente que poderia agravar ainda mais a sua situa��o. “O p� da muleta n�o pode fincar nos buracos, porque sen�o a gente perde o equil�brio e cai. Algumas vezes a muleta escorregou para o lado e por pouco n�o levei um tombo feio”, contou.

No caminho para a concession�ria em que trabalha, a universit�ria Camila Souza Lages, de 23, passa por cal�adas esburacadas e tampas de mobili�rios subterr�neos destampadas. “Falta consci�ncia e tamb�m fiscaliza��o. Buracos grandes desses podem machucar as pessoas seriamente e at� aleijar”, disse.

A necessidade de ajustar as cal�adas se tornou lucro para quem trabalha especificamente com isso. A firma de engenharia que contratou o pedreiro Paulo C�sar Ferreira da Silva, de 48, conseguiu contrato para tr�s das 10 reformas em andamento nos passeios da Raja Gab�glia. “O engenheiro para o qual trabalho pega os projetos na prefeitura e come�a um servi�o. Da� a pouco, outra pessoa que foi notificada pela PBH pergunta, pede contato. A� acaba contratando a gente tamb�m”, disse. N�o � um servi�o barato, j� que para um passeio de menos de dez metros de comprimento s�o gastos at� 30 sacos de cimento. “S�o dois dias para um ajudante e eu quebrarmos tudo e mais tr�s dias para cimentar a assentar os pisos”, calcula.


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