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Estado de Minas

M�dicos estrangeiros visitam centros de sa�de e consideram idioma maior dificuldade

Bolsistas estiveram em centros de sa�de do Barreiro e Regi�o Noroeste


postado em 31/08/2013 06:00 / atualizado em 31/08/2013 08:12

Natural de BH, Fausto Carvalho reclamou de recepção de médica(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Natural de BH, Fausto Carvalho reclamou de recep��o de m�dica (foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Entre os estrangeiros escolhidos para Minas pelo programa Mais M�dicos, alguns acreditam que a maior dificuldade que enfrentar�o ser� ampliar a compreens�o da l�ngua portuguesa. Ontem, eles e bolsistas brasileiros estiveram em tr�s centros de sa�de do Barreiro e da Regi�o Noroeste de BH. A visita faz parte do curso de acolhimento e avalia��o que prepara o grupo para come�ar a trabalhar em 16 de setembro. Eles conversaram com funcion�rios e l�deres comunit�rios e aprovaram a estrutura das unidades.


Os 20 m�dicos, incluindo 10 brasileiros, se dividiram em tr�s grupos, enviados para os centros de sa�de dos bairros Vila Cemig, Vale do Jatob� e Bom Jesus. O objetivo era fazer com que entendessem melhor o funcionamento de unidades b�sicas e tivessem contato com equipes de sa�de da fam�lia, pr�via do que poder�o encontrar quando come�arem a trabalhar. “A ideia � que eles associem o que observaram nos centros e ouviram das equipes com o que aprenderam nas aulas sobre o funcionamento do Sistema �nico de S�ude (SUS), sa�de da fam�lia”, explicou o coordenador pedag�gico do curso em BH, Rodrigo Ch�vez Penha.

A colombiana Fanny Viviana Paz Furtado, de 36 anos, tem dificuldade para entender portugu�s. Formada no Equador, ela trabalhava na Venezuela. Na entrevista concedida ao Estado de Minas, n�o conseguia compreender algumas perguntas e foi ajudada por um colega brasileiro como int�rprete. Sem achar as palavras certas, �s vezes a m�dica respondia em espanhol, como quando elogiou as pessoas que receberam seu grupo no centro de sa�de da Vila Cemig: “La gente es muy amable”. Fanny d� nota cinco ao seu portugu�s. “Sei ler, minha dificuldade � falar. Com o tempo vou melhorando”, disse ela, designada para trabalhar na unidade da Vila Cemig.

O boliviano David Paz, de 29, considera a l�ngua o principal desafio: “N�o vou deixar de compreender o que o paciente diz, n�o vai haver confus�o. Se eu n�o souber a palavra, vou me expressar com gestos, fazer m�mica. Se precisar, pergunto a meu colega. Morando aqui, vou me acostumar �s palavras diferentes, � pron�ncia”.

Ele se graduou na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), em Cuba. Trabalhava no pa�s natal at� vir para Minas. Vai atuar em BH, mas ainda n�o sabe em qual unidade de sa�de. “Estou ansioso para conhecer um sistema de sa�de novo. � um processo de adapta��o. No come�o, vamos ter que perguntar muito para n�o errar”, disse. E acrescentou, em “portunhol”: “Tenho ganas de trabalhar”. Segundo o minist�rio, a l�ngua p�tria dos estrangeiros � o espanhol (h� m�dicos da Col�mbia, M�xico, Bol�via, Argentina e Venezuela, e uma profissional de Portugal).

PRECONCEITO Os m�dicos acharam calorosa a recep��o recebida nos centros de sa�de, mas reclamaram de uma colega da unidade da Vila Cemig. “Ela nos recebeu muito mal. L�gico que foi por preconceito”, conta o belo-horizontino Fausto Jos� Solis Carvalho, de 34, que se formou na Bol�via e trabalhou oito anos na Argentina. “Ela foi muito grosseira”, refor�a Fanny, que, no entanto, gostou do que encontrou no centro de sa�de: “A estrutura � muito boa, tem todos os equipamentos necess�rios”.

“� poss�vel que o pessoal sofra resist�ncia de colegas. Se isso ocorrer, o gerente do centro de sa�de ter� de conversar com o m�dico que agir assim. Qualquer ocorr�ncia, a gente tem como agir com di�logo”, afirma a gerente do Distrito Sanit�rio do Barreiro, Renata Mascarenhas, que acompanhou a visita. Ela se preocupa com o fato de alguns bolsistas n�o entenderem bem o portugu�s. “A comunica��o � de suma import�ncia na rela��o entre m�dico e paciente. Os dois t�m de se entender claramente. Caso isso n�o ocorra, vamos informar � coordena��o do programa”, promete. Segundo Renata, centros de sa�de do Barreiro receber�o sete bolsistas diplomados no exterior.

 

 


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