Obra na 381 ser� insuficiente, afirma CREA

Da forma como est�, o projeto de duplica��o da Rodovia da Morte, a BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares n�o atender� as necessidades de seguran�a e j� surgir� perto da capacidade m�xima de tr�fego. A avalia��o � de levantamento do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), que apresentou ontem um mapeamento dos principais gargalos de infraestrutura do estado. No caso da BR-381, a entidade considera, com grande preocupa��o, que o novo projeto de duplica��o mal vai comportar a demanda atual, persistindo a falta de planejamento a m�dio e longo prazo.

A pesquisa, feita por engenheiros de 12 regionais do Crea-MG, indica ser fundamental um reestudo de tr�fego na rodovia, para evitar que o alto custo da duplica��o (R$ 4 bilh�es) n�o venha a atender a demanda de m�dio prazo. Pelo mapeamento, h� necessidade de investimentos em 67 rodovias mineiras. Outro ponto cr�tico diz respeito � defesa civil e � preven��o a desastres causados por chuvas em v�rias rodovias do estado.

Pela avalia��o, divulgada durante apresenta��o do estudo “Encontros regionais de pol�ticas p�blicas e corresponsabilidade social”, que consolidou as demandas das regionais do �rg�o e que t�m apoio do governo estadual, a nova BR-381 n�o tem previs�o de pontos de parada para descanso obrigat�rio de caminhoneiros. De acordo com a Lei 12.619/2012, esse espa�o � obrigat�rio, para que os condutores fa�am intervalos a cada quatro horas de viagem por motivo de seguran�a e sa�de.

Segundo os profissionais, o projeto n�o articula com as cidades do entorno para eliminar trajetos dentro de �reas urbanas e n�o foi feito estudo para extens�o de melhorias at� S�o Mateus (ES). Eles apontam ainda a necessidade de se desvincular a BR-381 da BR-262, j� que as duas seguem num s� pavimento at� Jo�o Monlevade. Foi determinada a inclus�o de um semianel rodovi�rio em Jaguara�u, ligando a MG-232 (Santana do Para�so) e a BR-458. Al�as de acesso �s cidades de Tim�teo e Coronel Fabriciano trariam redu��o de acidentes e melhor organiza��o do tr�fego.

Na an�lise do Crea-MG, os investimentos deveriam contemplar tamb�m opera��es ferrovi�rias, reduzindo o escoamento da produ��o por rodovias. “Da forma atual, o Vale do A�o est� isolado. A �nica ferrovia no local atende apenas interesses de uma mineradora. Duas sider�rgicas n�o conseguem atender prazos e t�m de usar a BR-381 como meio de escoamento”, salienta o presidente do Crea-MG, Jobson Andrade.

GARGALOS

Engenheiros consideraram cr�tica a situa��o da BR-474 (Aimor�s/Caratinga). No km 3 h� queda de barranco, que p�e a pista em risco de interdi��o e interrup��o do fornecimento de �gua para Caratinga devido ao rompimento de uma adutora. Especialistas regionais do Crea-MG identificaram a necessidade de construir an�is vi�rios e acessos duplicados nas BRs 116 (Governador Valadares, Te�filo Otoni e Al�m Para�ba), 262 (Bom Despacho e Divin�polis), 459 (Itajub�, Pirangu�u e Piranguinho), 491 (Pouso Alegre e Itajub�), 120 (Ub� e Cataguases) e MG-439 (Pains).  O ouvidor-geral do estado, F�bio Caldeira, disse que as rodovias estaduais citadas tiveram os diagn�sticos encaminhados. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) n�o se manifestou.


ENQUANTO ISSO.....PRF TESTA NOVO RADAR
Um novo radar de registro de velocidade com alcance de at� um quil�metro foi testado ontem, pela primeira vez no pa�s, na BR-381, no Sul de Minas, pela Pol�cia Rodovi�ria Federal. Equipamentos convencionais t�m alcance em torno de 300 metros, o que obrigava o policial a ficar vis�vel, possibilitando infratores reduzir a velocidade. O radar � fabricado nos Estados Unidos e custa cerca de R$ 30 mil. Nesse teste, de 30 minutos, 20 motoristas foram multados.