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Estado de Minas

Casas noturnas de BH est�o mais seguras ap�s trag�dia no Sul, mas ainda h� riscos

Um ano depois da trag�dia na Boate Kiss, casas noturnas de BH t�m mais seguran�a e clientes s�o mais exigentes, mas ainda h� muito o que fazer. Em 2013, bombeiros flagraram irregularidades em 84% dos estabelecimentos


postado em 25/01/2014 06:00 / atualizado em 25/01/2014 01:20

Casa de shows Engenho de Minas, no Santa Efigênia, fez várias mudanças, como a instalação de forro antichamas, para atender exigências legais.(foto: FOTOS BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
Casa de shows Engenho de Minas, no Santa Efig�nia, fez v�rias mudan�as, como a instala��o de forro antichamas, para atender exig�ncias legais. (foto: FOTOS BETO MAGALH�ES/EM/D.A PRESS)

J� faz um ano que n�o h� mais fogo nem fuma�a, mas os riscos e as li��es do inc�ndio que matou 242 pessoas na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), em 27 de janeiro de 2013, continuam inflamados nas casas noturnas de Belo Horizonte. A for�a-tarefa formada pelo Corpo de Bombeiros (Cobom) e pela prefeitura logo depois da trag�dia revelou finalmente o retrato do problema e como ele est� disseminado nas baladas na capital. Foram vistoriadas 264 casas no ano passado e 223 (84%) apresentaram irregularidades, segundo o Cobom. Vinte e tr�s foram interditadas, incluindo nove que continuam fechadas. O trabalho deu in�cio a uma corrida por seguran�a, no entanto, a pr�pria corpora��o admite que muitos estabelecimentos ainda est�o irregulares. O EM visitou 10 boates e casas de shows e constatou que seis fizeram adapta��es na estrutura para atender exig�ncias legais.

Al�m de escancarar os riscos, a trag�dia transformou a popula��o em fiscal. As den�ncias ao Cobom cresceram 169% no ano passado, em rela��o a 2012. Das 7.952 liga��es, quase um quinto (1.544) se referiam a casas noturnas. As reclama��es tamb�m aumentaram no Servi�o de Atendimento ao Cidad�o (SAC) da prefeitura. Den�ncias sobre preven��o a inc�ndios subiram 77%, passando de 74 (2012), para 131 (2013). A maior fiscaliza��o resultou tamb�m num aumento de 40% no n�mero de projetos de seguran�a contra inc�ndio e p�nico protocolados nos bombeiros. Enquanto em anos anteriores a m�dia era de 160 projetos, no ano passado, foram 224.

 Alambique aumentou a altura do gradil da escada de saída de emergência(foto: FOTOS BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS)
Alambique aumentou a altura do gradil da escada de sa�da de emerg�ncia (foto: FOTOS BETO MAGALH�ES/EM/D.A PRESS)
A for�a-tarefa vistoriou boates, casas de shows, restaurantes com m�sica ao vivo e buf�s. Segundo o subcomandante da Companhia de Preven��o e Vistoria do 1º Batalh�o, tenente Rodrigo Turci, as casas interditadas apresentavam risco iminente aos frequentadores: “Elas n�o tinham sa�da de emerg�ncia, ilumina��o, sinaliza��o e extintores”. Uma delas tinha capacidade para at� 1 mil pessoas. Os nomes dos nove estabelecimentos n�o foram divulgados.

Al�m das irregularidades, a maior parte dos estabelecimentos n�o cumpria todos os requisitos exigidos pela legisla��o, com sinaliza��o inadequada, extintores fora da validade, ilumina��o queimada, entre outras falhas. “Muitas tinham itens de seguran�a, mas n�o tinham o projeto. Os empres�rios n�o davam tanta import�ncia a essas quest�es”, explica o assessor de comunica��o do Cobom, capit�o Frederico Pascoal. Segundo ele, o problema n�o foi completamente sanado. “Um ano depois, muitas ainda n�o regularizaram por causa dos custos das adapta��es. As irregularidades continuam, mas houve um aumento da procura para aprovar projetos de inc�ndio”, ressalta.

ALVAR� Na fiscaliza��o da prefeitura, 106 estabelecimentos (40%) foram flagrados sem o laudo t�cnico de seguran�a e 100 (38%) tinham problemas no alvar� de localiza��o e funcionamento, documento b�sico para abertura do empreendimento. Para o secret�rio adjunto municipal de Fiscaliza��o, Alexandre Salles, a legisla��o municipal, que passou a exigir no ano passado o auto de vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) para libera��o do alvar� n�o precisa de mudan�as. “O que funciona � uma efetiva fiscaliza��o e a den�ncia da popula��o”, informou.

 Uma das casas na corrida pela seguran�a � o Alambique, na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Estoril, Regi�o Oeste. O estabelecimento passou por uma s�rie de mudan�as para atender as normas do Cobom e da prefeitura e, agora, aguarda vistoria para receber o AVCB. “Fizemos mais sa�das de emerg�ncia, instalamos reservat�rio de 15 mil litros de �gua para o projeto de inc�ndio, refor�amos as placas indicativas. Estamos h� 25 anos no segmento e tenho certeza de que a casa � totalmente segura”, conta um dos s�cios da casa, Ademir Pinto. A prova de fogo para o Alambique ocorreu em agosto, quando um inc�ndio destruiu uma creperia vizinha. “Fomos n�s que apagamos o fogo com o nosso sistema”, conta.

A casa de shows Engenho de Minas, no Santa Efig�nia, Leste de BH, passou por uma s�rie de mudan�as. “Fizemos o isolamento ac�stico da casa, como exigiu a prefeitura, e usamos forro antichamas. Abrimos as portas para fora”, informou a dona do estabelecimento, Eliane  Machado. “Conseguimos o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros em dezembro”, comemora.

SEGURAN�A
NA BALADA


Situa��o encontrada pelos bombeiros em BH


IRREGULARIDADES MAIS FREQUENTES

» Falta de projeto de inc�ndio

» Extintor de inc�ndio vencido

» Ilumina��o de emerg�ncia queimada

» Sinaliza��o falha

EXIG�NCIAS DOS BOMBEIROS

» Rede de hidrantes, cobrindo �rea m�xima de 30 metros cada em casas acima de 750 metros quadrados

» Ilumina��o e sinaliza��o de emerg�ncia

» Portas vaiv�m com abertura para o fluxo de sa�da

» Brigada de inc�ndio (casas acima de 750 metros quadrados)

» Extintores port�veis cobrindo �rea m�xima de 15 metros cada

» Pelo menos duas portas em pontos distintos, de tamanho proporcional � quantidade de pessoas

» Barras antip�nico nas portas para estabelecimentos com capacidade superior a 200 pessoas

» Acabamento em material n�o combust�vel

ITENS DESEJ�VEIS, AS N�O OBRIGAT�RIOS

» Ventila��o

» Sprinklers (aspersores de �gua no teto)

» Porta corta-fogo

Fonte: Corpo de Bombeiros


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