Com a aproxima��o da Copa, aumenta a preocupa��o de donos de concession�rias de ve�culos da Avenida Ant�nio Carlos, na Regi�o da Pampulha. N�o � � toa. O preju�zo deles chegou a R$ 18 milh�es com a destrui��o de 17 lojas por v�ndalos durante a Copa das Confedera��es do ano passado. O medo � que os problemas se repitam com os jogos do Mundial. Alguns empres�rios pensam em instalar portas de a�o acionadas por controle remoto, para serem usadas em caso de emerg�ncia, mas a grande expectativa deles � com o resultado de uma reuni�o prevista para os pr�ximos dias na Cidade Administrativa, quando a Pol�cia Militar vai apresentar um plano integrado de atua��o. A seguran�a privada � outra quest�o a ser discutida.
A loja Hyundai foi reconstru�da das cinzas. Ela foi totalmente destru�da e teve os m�veis queimados. “A matriz, que fica em S�o Paulo, elabora um plano de seguran�a. Vamos colocar port�es anti-vandalismo, pois telhas, tapumes, nada disso adianta. Acabam sendo usado usados como escudo pelos v�ndalos”, afirma a gerente Karina Coelho, que fez seguro do pr�dio. Segundo o presidente dos Concesssion�rios e Distribuidores de Ve�culos de Minas Gerais (Sincodiv-MG), Mauro Pinto de Moraes Filho, a preocupa��o � geral. “Estamos conversando sobre isso e tentando ver com o governo se h� alguma iniciativa diferenciada para o setor”, disse Mauro.
Na semana passada, a diretoria da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) se reuniu com a Pol�cia Militar. O gestor estrat�gico da Copa da PM, coronel Ant�nio Bettoni, disse na ocasi�o que um grande trabalho de bastidores vem sendo realizado para planejar a��es que minimizem os riscos durante o Mundial. “Aprendemos muito com os erros cometidos durante a Copa das Confedera��es”, informou.
Na Copa das Confedera��es, segundo a CDL-BH, 17 lojistas da Ant�nio Carlos sofreram danos, sendo que algumas lojas foram atingidas at� tr�s vezes. Sofreram depreda��o da fachada (45,71% dos estabelecimentos), saques (20%), depreda��o interna (20%) e inc�ndio (8,57%). Algumas foram v�timas de todos esse ataques (5,71%). O vice-presidente da CDL, Anderson Rocha, aposta nas estrat�gias a serem adotadas pela PM. “A gente acredita que o cen�rio da Copa do Mundo ser� outro. Estamos nos concentrando na parte otimista do evento”, comentou.
De acordo com o major Gilmar Luciano, chefe da Sala de Imprensa da PM, assim que as manifesta��es do ano passado acabaram a corpora��o fez um estudo e projetou cen�rios de interven��o. “Foram tra�adas v�rias possibilidade de atua��o da PM para este ano. Teremos uma a��o para cada tipo de situa��o, como em quebra da normalidade e risco ao patrim�nio”, disse o major, que n�o revela os detalhes por quest�o estrat�gica. “Haver� uma estrutura espec�fica para proteger os bens p�blicos, privados e as pessoas”, garantiu o militar.
O efetivo de policiais a ser empregado no chamado “evento manifesta��o” tamb�m n�o � revelado, mas o major adiantou que militares de 15 companhias de Miss�es Especiais do interior estar�o em alerta. Se necess�rio, PMs dessas unidades ser�o convocados pelo Comando Geral da PM para dar apoio t�cnico � capital. Os per�metros t�ticos de atua��o da PM no entorno do Mineir�o tamb�m foram definidos. S�o tr�s planos diferentes, tamb�m mantidos sob sigilo.
C�meras e tecnologia
apoiam policiamento
Autoridades de seguran�a p�blica usar�o como centro de comando a Sala de Situa��o e de Gerenciamento de Crises e Grandes Eventos, em funcionamento desde mar�o do ano passado na Cidade Administrativa. Ao todo, s�o 32 institui��es associadas. O sistema conta com mais de 400 c�meras de vigil�ncia do sistema de monitoramento Olho Vivo, al�m dos equipamentos dos est�dios Independ�ncia e Mineir�o. O n�mero de aparelhos pode aumentar. “H� conv�nios em andamento com operadoras e concession�rias de rodovias e munic�pios vizinhos, como Contagem”, informou o assessor estrat�gico da Copa do Mundo, major Wagner Ala de Mattos.
V�rios outros equipamentos foram adquiridos para a garantir a seguran�a durante a Copa, segundo o major, que cita uma c�mera para helic�ptero com alcance de at� 18 quil�metros. O aparelho custou R$ 7 milh�es e permite a identifica��o de pessoas em locais escuros pela emiss�o de calor do corpo. “� o mesmo equipamento usado pela pol�cia de Boston, nos Estados Unidos, para localiza��o de terroristas no atentado do ano passado”, comentou. Outros equipamentos para a��es antiterroristas foram adquiridos, como rob�s para desativar bombas.
O Batalh�o Copa, criado no ano passado, n�o atuar� nas poss�veis manifesta��es. Os 2,5 mil militares v�o trabalhar nas �reas espec�ficas do Mundial, como no Mineir�o, hot�is onde ficar�o hospedadas as delega��es e nas Fan Fests, confraterniza��es para turistas e torcedores, organizadas pela Fifa, no Expominas.