Belo Horizonte tem hoje 1.827 pessoas em situa��o de rua e a maioria delas se concentram na regi�o Centro-Sul. Esses s�o alguns resultados do Terceiro Censo de Popula��o em Situa��o de Rua que foram divulgados nesta quarta-feira pela Prefeitura e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em compara��o com a pesquisa anterior, realizada em 2005, os moradores de rua aumentaram 57%.
A pesquisa, divulgada hoje, come�ou a ser realizada em novembro do ano passado. Al�m dos pesquisadores, 19 moradores de rua foram escolhidos para facilitar a comunica��o com mendigos. O resultado vai contribuir para a defini��o e o reordenamento das pol�ticas p�blicas voltadas para esse grupo populacional da capital mineira.
Ao todo, foram identificados 1.827 pessoas. Destas, 44,8 % vivem na Regi�o Centro-Sul, 15,6% na Norte, 9,3% na Nordeste, e 9,2 % na Pampulha. As demais regi�es apresentaram �ndices menores a 6%. O sexo masculino � a maioria, o que corresponde a 86,8 % dos entrevistados, que t�m idade m�dia de 39,6 anos. Em compara��o com o �ltimo Censo, a pesquisa mostra que a popula��o de rua envelheceu. Mais da metade dos mendigos tem idade entre 31 e 50 anos.
Menos fam�lias nas ruas
A pesquisa mostrou que o n�mero de fam�lias que vivem nas ruas de Belo Horizonte diminui ao passar dos anos. Em 1998, quando foi realizado o primeiro censo, as fam�lias representavam 24,8% dos moradores de rua. Em 2005, o �ndice caiu para 13% e, agora, � inferior a 6%.
O motivo que levou essas pessoas para as ruas � variado. Por�m, a maioria, 52 %, citou os problemas familiares. O abuso de �lcool e/ou drogas foi citado por 43,9%, a falta de moradia por 36,5% dos entrevistados, e o desemprego por 36%. Conforme o levantamento, 64,2% das pessoas que vivem nas ruas de BH vem do interior de Minas. Em geral, elas migram para a capital em busca de trabalho, emprego ou dos servi�os p�blicos.