
Os movimentos populares ainda avaliam a possibilidade de recorrer da decis�o da Justi�a que derrubou a liminar que proibia o cerco policial e revistas em manifesta��es contra a Copa do Mundo em Belo Horizonte. Os advogados Thales Nascimento e Isabela Corby, integrantes da frente jur�dica de apoio aos manifestantes, respons�vel pelo mandado de seguran�a que motivou a liminar, garantiram que ainda � necess�rio analisar o teor da decis�o antes de definir qual medida ser� tomada.
Mesmo assim, j� demonstram contr�rios a decis�o. “De qualquer forma, o ato da PM de fazer um cerco �s manifesta��es fere abertamente a constitui��o federal brasileira”, afirma Thales. Eles acreditam que podem reverter da decis�o. “Se a liminar foi derrubada, isso j� indica que a decis�o anterior era favor�vel �s manifesta��es”, completa Isabela.
O recurso da Advocacia Geral do Estado (AGE) foi aceito nesta quinta-feira pelo presidente do TJMG, desembargador Joaquim Herculano Rodrigues. Conforme a decis�o do magistrado, “a gravidade e a contund�ncia da atua��o criminosa eventualmente infiltrada nos movimentos populares” justifica a suspens�o da liminar, que poderia restringir a atua��o das for�as de seguran�a p�blica do estado no combate a atos de viol�ncia, tumultos ou depreda��es que possam vir a ocorrer durante manifesta��es.
O desembargador exp�s que a liminar poderia "tolher, de forma temer�ria, a atua��o da corpora��o (PM) na escolha da t�tica que entender mais adequada e eficaz para dar cumprimento, a contento, � sua miss�o.
Lojista comemoram
A decis�o da Justi�a que manteve a a��o da PM foi comemorada por lojistas da capital mineira. Em uma reuni�o nessa quarta-feira a C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e outras 15 entidades ligadas ao setor, enviaram um of�cio ao Governo do Estado para solicitar a suspens�o da liminar. Para o presidente da CDL, Bruno Falci, a medida ser� favor�vel para os empres�rios. “As manifesta��es continuam sendo leg�timas e dignas de aplauso e solidariedade, mas as depreda��es e atos de vandalismo n�o podem mais ser aceitos”, disse.