
Sem informa��es sobre o futuro vivendo bem perto do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, entre os bairros Planalto (Norte) e S�o Jo�o Batista (Venda Nova), moradores dos residenciais Antares e Savana esperam contar com a ajuda do Minist�rio P�blico para n�o serem v�timas de um jogo de empurra. A advogada Ana Cristina Drumond, que est� � frente da Associa��o dos Moradores e Lojistas das avenidas Pedro I, Vilarinho e adjac�ncias, est� concluindo um documento para ser apresentado � Promotoria de Direitos Humanos.
Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), dos 186 im�veis que ser�o desocupados, 119 fam�lias j� tiveram os dados cadastrados pela Prefeitura de Belo Horizonte. Mas ainda n�o h� data nem detalhes de como ser� feita a remo��o dos moradores.
“A gente n�o sabe onde est� a verdade em tudo que est� acontecendo. Levando dados ao Minist�rio P�blico, o objetivo � exigir que os moradores n�o fiquem no meio de uma indefini��o que apenas os prejudica”, diz Ana Cristina. Segundo a advogada, o documento a ser entregue na Promotoria de Direitos Humanos tem fotos de avarias causadas nos pr�dios, imagens da proximidade da constru��o com os edif�cios e principalmente a requisi��o de um laudo assinado por um profissional que ateste a real situa��o da al�a que ficou em p� e tamb�m se uma poss�vel trepida��o trar� risco para a estrutura dos pr�dios. “De um lado � certo que vai cair, mas de outro n�o h� risco. Precisamos ter a certeza de que h� ou n�o chance da outra parte desabar”, afirma Ana Cristina.
Ontem, o cadastramento das fam�lias continuou, mas o procedimento n�o reduziu a ang�stia dos moradores. A s�ndica do Bloco 3 do Residencial Antares, Adelaide de Jesus, de 53 anos, afirma que as pessoas est�o muito tristes. “Ningu�m est� acreditando no que est� acontecendo. N�o foi culpa nossa, n�o podemos pagar por isso. Precisamos muito da garantia de que nossos im�veis estar�o seguros. Acho que esse � o maior receio das fam�lias em deixar suas casas”, disse. No Col�gio Helena Bicalho, que tamb�m precisou ser esvaziado por conta do risco de queda da al�a sul do viaduto, as aulas foram suspensas at� segunda-feira, quando devem ser retomadas j� em novo endere�o provis�rio.