
O casal ofendido prestou depoimento nessa quarta-feira na cidade. E desconhece as pessoas que fizeram os coment�rios preconceituosos. “Quando a foto foi postada, a garota deixou em aberto para todas as pessoas que t�m Facebook ter acesso e comentar. N�o estava aberto apenas para os amigos dela. Ent�o, v�rias pessoas com perfis originais e fakes fizeram os coment�rios”, explicou Silva.
Uma an�lise inicial foi feita pelos investigadores nesses perfis. Algumas pessoas foram identificadas. “Come�amos identificar os perfis destas pessoas e a maioria est�o localizadas no Estado de S�o Paulo. Aparentemente, s�o jovens com idade entre 15 e 20 anos”, comenta o delegado. Um dos perfis chamou a aten��o da pol�cia. Ele foi criado por um internauta apenas para ofender a garota. “A pessoa criou uma comunidade, que certamente j� foi desativada, para proferir ofensas para a menina. At� mesmo a foto era da imagem postada pelo casal”, completou.
Os policiais buscam, agora, encontrar todas as pessoas envolvidas nas ofensas. Para isso, o delegado enviou um pedido ao Facebook para pegar informa��es do cadastro de casa perfil identificado. “Em seguida, vamos tentar ouvi-las. Como s�o a maioria de S�o Paulo, vou ter que enviar cartas precat�rias para a pol�cia de l�. N�o descarto pedir o apoio da delegacia de crimes cibern�ticos e nem da Pol�cia Federal, pois o crime transcende o estado de Minas Gerais”, disse Silva.
O crime aconteceu no �ltimo fim de semana. Logo depois da jovem postar a imagem nas redes sociais, come�ou a receber ofensas. Uma das mensagens questiona onde o adolescente teria “comprado a escrava”. Outra pergunta se ele � o dono da jovem. H� ainda um homem que diz parecer que os dois est�o na senzala. A foto foi publicada em outro perfil, “Pretinho do poder”, no qual v�rias pessoas criticaram a discrimina��o.
Ao Estado de Minas, o casal mostrou que as ofensas n�o v�o atrapalhar em nada o relacionamento. A jovem contou que foi a primeira vez que foi v�tima de racismo, mas que n�o vai se abater por causa disso.
As pessoas identificadas podem responder por inj�ria racial. A pena � de uma a tr�s anos de pris�o.