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Estado de Minas VIVENDO E APRENDENDO

Apoio familiar e pedag�gico contribui para maior qualidade de vida para s�ndrome de Down

Nas duas �ltimas d�cadas, eles deixaram de ser segregados para ser inclu�dos


postado em 31/08/2014 00:12 / atualizado em 31/08/2014 07:21

Alessandra e a filha Clara Conradt(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Alessandra e a filha Clara Conradt (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)


Clarinha acabou de entrar no ensino infantil. Lucas j� percorreu uma parte maior dessa estrada. Isabella n�o deixa as atividades f�sicas de lado. Outra Isabela est� a um passo do altar com Rafael, sua alma g�mea. Aline faz bonito na universidade. Ir � escola, fazer academia, namorar, casar-se. Tarefas simples e rotineiras, mas que para esses guerreiros e tantos outros com s�ndrome de down ganham outro sentido – o da conquista. Se h� alguns anos pessoas com essa altera��o gen�tica eram at� escondidas por muitas fam�lias, hoje s�o orgulho. Nas duas �ltimas d�cadas, eles deixaram de ser segregados para ser inclu�dos, ganhar qualidade de vida e se aventurar em qualquer tarefa. Uma nova postura dos pais � apontada como fator principal dessa mudan�a. Mas, apesar dos avan�os, ainda h� barreiras a serem vencidas para que todos os estigmas e preconceitos fiquem no passado.

Estima-se que, no Brasil, a cada 750 beb�s um nasce com s�ndrome de Down (SD). Mas nem o Minist�rio da Sa�de nem as secretarias de estado e municipal de Sa�de t�m estat�sticas sobre quantas pessoas h� com a doen�a. O assunto ganhou repercuss�o internacional h� 10 dias, quando o cientista brit�nico Richard Dawkins usou sua conta no Twitter para afirmar que uma mulher gr�vida, ao descobrir que tem um feto com a s�ndrome “deveria abortar e tentar novamente. Seria imoral traz�-lo ao mundo, se voc� tem a escolha”, escreveu. Muitos especialistas e pessoas que convivem com quem tem s�drome de Down discordam. Para eles, pensamentos como esses fizeram, por muitos anos, que crian�as, jovens e adultos fossem segregados. Agora, eles afirmam, a realidade � outra.

A psic�loga e doutora em educa��o Regina C�lia Passos Ribeiro de Campos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lembra que, at� bem pouco tempo, as crian�as com defici�ncia eram trancadas em casa, n�o iam � escola e n�o eram mostradas � sociedade. “A hist�ria de exclus�o � antiga, mas hoje o avan�o nas �reas das ci�ncias humanas demonstra que, com o apoio profissional, afetivo e pedag�gico, essas crian�as s�o capazes de aprender, se desenvolver e inserir-se no mercado de trabalho”, ressalta. “Al�m disso, o avan�o na jurisprud�ncia abriu a perspectiva de garantia dos direitos. J� n�o � um ‘favor’, � um direito.’”

H� muitos exemplos disso. Aline H�lio Figueiredo Terrinha, de 27 anos, aluna do 4º per�odo de direito, � uma das poucas universit�rias do pa�s com s�ndrome de Down. Com uma das melhores notas da turma, n�o v� a hora de se formar e prestar concurso para a defensoria p�blica. J� Isabella Zolini, de 27, nunca perde o alto-astral: �nica com s�ndrome de Down da academia que frequenta, � uma das mais ass�duas das aulas de aerodance. Os namorados Isabela Pedrosa, de 29, e Rafael Fonseca Soares, de 31, n�o veem a hora de se casar. E a menina Clara, de 2 anos e 2 meses, aprendeu o sentido de liberdade quando come�ou a andar sozinha para onde quiser. Para eles, oportunidades dadas s�o desafios aceitos e cumpridos.


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