Pedro Cerqueira

“Sou a favor da demoli��o, mas tudo tem que ser bem discutido para n�o causar danos � estrutura do pr�dio”, opina o aposentado Guilherme Ot�vio Diniz, morador do Residencial Antares. O comunicado entregue pela Defesa Civil na visita feita no s�bado, para cadastramento de todos os im�veis num raio de 200 metros, n�o cita a data da demoli��o. Apenas avisa que haver� reuni�o hoje �s 20h para repassar informa��es a respeito da interven��o.
Guilherme diz que ainda n�o est� convencido da necessidade de demoli��o, uma vez que, segundo ele, haveria estudos t�cnicos indicando que o abalo na al�a norte teria sido m�nimo e que a estrutura poderia ser restaurada. O aposentado disse que recebeu como orienta��o que, no dia da demoli��o, dever� deixar seu apartamento uma hora antes e voltar uma hora depois do t�rmino. “Domingo, geralmente, eu vou � feira e � isso que vou fazer. N�o quero assistir”, conta o morador.
Da janela da sala do supervisor de log�stica Luis Fabian Aguiar Patzi, morador do bloco 9 do Residencial Antares, � poss�vel avistar a al�a norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, que fica a aproximadamente 30 metros de dist�ncia. “N�o recebi nenhuma informa��o oficial, mas acredito que n�s que estamos na linha de frente da demoli��o devemos ser levados para um hotel por alguns dias”, diz Luis, receoso da poeira e barulho gerados pela interven��o. O morador n�o conseguiu ficar mais de tr�s dias hospedado com a fam�lia num hotel quando a al�a sul foi demolida. Ele conta que o filho mais novo, com 5 anos de idade, tinha que brincar no corredor do hotel. O maior receio de Luis � quanto � desvaloriza��o do im�vel.
Estudo
No edif�cio vizinho, o Residencial Savana, apenas quatro dos 18 apartamentos do bloco 3 est�o ocupados, segundo o agente penitenci�rio Ricardo Luiz Nascimento, s�ndico do pr�dio. Ele teme pela estrutura do edif�cio, feito em alvenaria estrutural, considerada mais fr�gil, e tamb�m reivindica a elabora��o de um estudo s�cio-econ�mico dos moradores “para calcular n�o s� o valor do meu im�vel, mas tamb�m a reforma que eu fiz, os m�veis planejados e os eletrodom�sticos que comprei”, enumera. No dia da demoli��o, Ricardo n�o sabe se vai para a casa de algum parente, para um “parque de divers�o ou para a feira hippie”, ironizou.
Procurada pelo EM, a Defesa Civil informou que n�o poderia dar mais detalhes sobre o plano de implos�o e demoli��o, elaborado por profissional do Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa do �rg�o garantiu, no entanto, que todas as medidas de seguran�a ser�o tomadas durante todo o processo e que moradores receber�o todas as informa��es necess�rias na reuni�o de hoje.