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Estado de Minas

Fam�lias temem danos a edif�cios com implos�o da al�a de viaduto na Pedro I

Fam�lias que vivem em pr�dios pr�ximos � al�a norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, prevista para ser implodida dia 14, querem garantias da PBH de que n�o ter�o preju�zo


postado em 01/09/2014 06:00 / atualizado em 01/09/2014 07:16

Pedro Cerqueira

O aposentado Guilherme Diniz no Residencial Antares, com o viaduto ao fundo:
O aposentado Guilherme Diniz no Residencial Antares, com o viaduto ao fundo: "Tudo tem que ser bem discutido" (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Moradores dos condom�nios residenciais Antares e Savana, vizinhos ao viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, querem negociar com a Prefeitura de Belo Horizonte as condi��es para que a al�a norte do elevado seja implodida. Em clima de expectativa desde que o prefeito Marcio Lacerda anunciou que a data prov�vel para a implos�o � o pr�ximo dia 14, fam�lias exigem garantias de que n�o haver� danos aos im�veis ou preju�zos econ�micos. Uma reuni�o est� marcada para hoje com a prefeitura, onde haver� detalhamento do processo de demoli��o. Amanh�, uma audi�ncia de concilia��o ser� realizada por determina��o da Justi�a.

 “Sou a favor da demoli��o, mas tudo tem que ser bem discutido para n�o causar danos � estrutura do pr�dio”, opina o aposentado Guilherme Ot�vio Diniz, morador do Residencial Antares. O comunicado entregue pela Defesa Civil na visita feita no s�bado, para cadastramento de todos os im�veis num raio de 200 metros, n�o cita a data da demoli��o. Apenas avisa que haver� reuni�o hoje �s 20h para repassar informa��es a respeito da interven��o.

Guilherme diz que ainda n�o est� convencido da necessidade de demoli��o, uma vez que, segundo ele, haveria estudos t�cnicos indicando que o abalo na al�a norte teria sido m�nimo e que a estrutura poderia ser restaurada. O aposentado disse que recebeu como orienta��o que, no dia da demoli��o, dever� deixar seu apartamento uma hora antes e voltar uma hora depois do t�rmino. “Domingo, geralmente, eu vou � feira e � isso que vou fazer. N�o quero assistir”, conta o morador.

Da janela da sala do supervisor de log�stica Luis Fabian Aguiar Patzi, morador do bloco 9 do Residencial Antares, � poss�vel avistar a al�a norte do Viaduto Batalha dos Guararapes, que fica a aproximadamente 30 metros de dist�ncia. “N�o recebi nenhuma informa��o oficial, mas acredito que n�s que estamos na linha de frente da demoli��o devemos ser levados para um hotel por alguns dias”, diz Luis, receoso da poeira e barulho gerados pela interven��o. O morador n�o conseguiu ficar mais de tr�s dias hospedado com a fam�lia num hotel quando a al�a sul foi demolida. Ele conta que o filho mais novo, com 5 anos de idade, tinha que brincar no corredor do hotel. O maior receio de Luis � quanto � desvaloriza��o do im�vel.

Estudo

No edif�cio vizinho, o Residencial Savana, apenas quatro dos 18 apartamentos do bloco 3 est�o ocupados, segundo o agente penitenci�rio Ricardo Luiz Nascimento, s�ndico do pr�dio. Ele teme pela estrutura do edif�cio, feito em alvenaria estrutural, considerada mais fr�gil, e tamb�m reivindica a elabora��o de um estudo s�cio-econ�mico dos moradores “para calcular n�o s� o valor do meu im�vel, mas tamb�m a reforma que eu fiz, os m�veis planejados e os eletrodom�sticos que comprei”, enumera. No dia da demoli��o, Ricardo n�o sabe se vai para a casa de algum parente, para um “parque de divers�o ou para a feira hippie”, ironizou.

A aposentada Marilda Siqueira Ladeira, que tamb�m mora no Residencial Savana (a janela do quarto fica a 20 metros do viaduto), tamb�m n�o sabe onde estar� no dia da demoli��o, mas j� tem planos para sua gatinha Nina, que vai ficar tr�s dias num hotel para bichos. Marilda n�o acredita que a interven��o ocorrer� no dia 14. A moradora tamb�m tem receio quanto � estrutura do pr�dio depois da demoli��o. “O pessoal da Defesa Civil me disse que 40 minutos depois da demoli��o j� poderemos entrar nos nossos im�veis. Mas eles n�o v�o fazer uma vistoria antes? Quem vai me dar garantia? Quem vai ser o respons�vel se der algum problema?”, questiona. Segundo Marilda, um agente da Defesa Civil disse que a limpeza do local vai demorar de cinco a sete dias.

Procurada pelo EM, a Defesa Civil informou que n�o poderia dar mais detalhes sobre o plano de implos�o e demoli��o, elaborado por profissional do Rio de Janeiro. A assessoria de imprensa do �rg�o garantiu, no entanto, que todas as medidas de seguran�a ser�o tomadas durante todo o processo e que moradores receber�o todas as informa��es necess�rias na reuni�o de hoje.


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