Seis meses depois da estreia das tr�s primeiras linhas, os respons�veis pela opera��o do Move permanecem com o desafio de concluir a implanta��o do sistema. Na contram�o da integra��o das 81 linhas j� existentes, pelos menos 29 itiner�rios que constam no projeto inicial e j� deveriam estar em opera��o no transporte r�pido por �nibus (BRT) ainda n�o sa�ram do papel. A raz�o, alega o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), � a velocidade dos �nibus, abaixo do previsto – principalmente em vias de tr�nsito misto, fora dos corredores exclusivos das avenidas Cristiano Machado, Ant�nio Carlos, Pedro I e Vilarinho.
O plano inicial da BHTrans previa velocidade m�dia de 44 km/h e 30 km/h para as linhas diretas e paradoras do Move, respectivamente. Atualmente as viagens n�o passam de 37 km/h e 29 km/h no corredor Cristiano Machado; e 43 km/h e 30 km/h na Ant�nio Carlos. A empresa que gerencia o transporte na capital, entretanto, n�o soube informar a m�dia de velocidade dos coletivos de embarque em n�vel e ar-condicionado nas pistas de tr�fego misto, consideradas os pontos de maior gargalo e, consequentemente, entrave para o Move avan�ar em agilidade. Entre os itiner�rios apontados pela BHTrans com maior �ndice de lentid�o est�o as linhas 51, 82 e 85, que atendem a Floresta e a Regi�o Hospitalar.
Contando com duas licita��es de radares de invas�o de faixa exclusiva para �nibus em andamento como medida para diminuir a lentid�o do Move o presidente da BHTrans Ramon Victor Cesar espera que com os novos equipamentos seja poss�vel alcan�ar a agilidade obtida na Avenida Nossa Senhora do Carmo – primeira via de BH a contar com esse tipo de fiscaliza��o eletr�nica. Ao todo, ser�o adquiridos 134 dispositivos para invas�o de faixa e controle de velocidade, dos quais 50 para as pistas de tr�fego misto do trajeto do Move no Hipercentro. “Espero n�o virar o ano sem ter esse contrato conclu�do, mas dependo do fim da licita��o. E licita��o todo dia tem um elemento surpresa”, pondera.
Na avalia��o do presidente da BHTrans, o transporte r�pido por �nibus ainda est� na fase de ajustes e melhorias na agilidade j� foram obtidas com interven��es no tr�fego. “No Centro, j� fizemos ajustes como a sa�da para a Ant�nio Carlos, que estava toda concentrada na Rua Saturnino de Brito. Tamb�m foi criada uma alternativa na Curitiba com viaduto exclusivo direto”. Cesar, por outro lado, evita falar em prazos para a opera��o dos itiner�rios pendentes. “N�o tem previs�o. S�o poucas linhas. Precisamos fazer os ajustes, resolver o problema da Pedro I, o que est� impactando muito no tempo de viagem, para ver o que vai sobrar em termos de frota para poder avan�ar”, diz, reconhecendo a limita��o. (B.F)