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Estado de Minas

Reservat�rio de Tr�s Marias est� em situa��o de alerta com a seca do Rio S�o Francisco

A quantidade de �gua que chega hoje � represa � quase quatro vezes menor do que a liberada para atender a popula��o


postado em 25/09/2014 06:00 / atualizado em 25/09/2014 06:53

Represa tem vazão muito maior do que o volume de água que recebe(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 22/02/2014)
Represa tem vaz�o muito maior do que o volume de �gua que recebe (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 22/02/2014)

A seca da nascente do Rio S�o Francisco p�e em situa��o de alerta o reservat�rio de Tr�s Marias. Com a vaz�o afluente de 37 metros c�bicos por segundo, o volume de �gua recebido � um dos menores no per�odo de seca, segundo s�ries hist�ricas dos �ltimos 80 anos. Em outras palavras, a �gua que chega � represa � muito menor do que a quantidade fornecida � popula��o, � ind�stria e � irriga��o, o que pode fazer com que a Cemig feche parcialmente as comportas e libere menos l�quido para capta��o.

A quantidade de �gua que chega hoje � represa � quase quatro vezes menor do que a liberada, cerca de 160 metros c�bicos por segundo. Em acordo com a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), a Cemig vem adotando medidas estrat�gicas para que o volume �til n�o chegue a pr�ximo de zero em novembro. Atualmente, esse percentual � de 5,58% – o menor se comparado �s quatro principais represas do estado (Camargos, Nova Ponte, Irap� e Furnas ). O volume �til � a quantidade para al�m do m�nimo necess�rio para a gera��o de energia el�trica. A situa��o s� n�o � pior do que a de Ilha Solteira, no Tri�ngulo, que j� usa 54% do volume morto.

Mesmo se chover o esperado neste m�s e nos dois pr�ximos n�o ser� suficiente para recompor as bacias hidrogr�ficas e os reservat�rios. “Se o per�odo chuvoso for dentro do previsto, n�o significa que o n�vel dos reservat�rios voltar� ao normal, porque o d�ficit de precipita��o, nos �ltimos meses, � muito grande”, afirma a diretora de pesquisa, desenvolvimento e monitoramento das �guas do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (IGAM), Ana Carolina Miranda.

A situa��o da represa de Camargos, no Rio Grande, tamb�m � preocupante, com volume �til de 7,41%. J� em Nova Ponte, no Rio Araguari, � de 18%. A situa��o mais tranquila � da represa de Irap�, no Rio Jequitinhonha, com 43,5%. Esse n�vel se deve �s chuvas de dezembro na regi�o. Ainda assim, a vaz�o afluente corresponde a 21% da m�dia hist�rica, com a entrada de apenas 8 metros c�bicos por segundo. De acordo com o gerente de planejamento energ�tico, Marcelo de Deus, a orienta��o � preservar a �gua para que o volume �til n�o atinja 0%. “� reduzir o que vai ser liberado para que a �gua dure at� a chuva chegar.”

Outras bacias

Assim como na Bacia do Rio S�o Francisco, a escassez de �gua tamb�m pode ser medida pelo baixo n�vel dos rios de outras bacias. Em Cataguases, o Para�ba do Sul est� em 71 cent�metros, quando o normal seria 113. Na Bacia do Rio Doce, o desn�vel ocorre em seis munic�pios: Colatina (de 78 cm para 32cm), Governador Valadares (de 174 cm para 112cm), Cachoeira dos �culos (de 167 cm para 133cm), Ponte Nova (de 97cm para 65cm) e Ubaporanga (de 55 cm para 24). A seca levou 116 munic�pios a decretar situa��o de emerg�ncia, segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.

A previs�o de chuva para tr�s grandes regi�es do estado n�o s�o animadoras, de acordo com o IGAM. De 800 a 1,2 mil mil�metros na Regi�o Central, entre outubro e mar�o do ano que vem. No Campos da Vertentes e Vale do Para�ba, acima de 1,2 mil mil�metros, e 800 mil�metros na Regi�o Nordeste.

O coordenador do Projeto Manuelz�o Marcus Vin�cius Polignano n�o v� a curto prazo nenhuma medida que possa minorar a situa��o da Bacia do Rio S�o Francisco. Ele defende a gest�o integrada dos recursos h�dricos do Velho Chico e dos afluentes, como ocorre na Bacia do Rio das Velhas. “Com a escassez de �gua, da nascente � foz, temos um rio morrendo. Temos sinais de agonia na represa de Tr�s Marias.”

 

 


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