Nascente resiste no Rio das Velhas apesar da estiagem

Alento depois do susto com o an�ncio da dire��o do Parque Nacional da Serra da Canastra de que a nascente do Rio S�o Francisco secou. Apesar da estiagem, um dos principais afluentes do Velho Chico, o Rio das Velhas, ainda n�o sofreu altera��es significativas em sua cabeceira, localizada no Parque Natural Municipal das Andorinhas, em Ouro Preto, a 100 quil�metros de Belo Horizonte.

Apesar de n�o haver uma medi��o oficial, a secret�ria de Meio Ambiente da cidade, Erika Curtiss, afirma que o fluxo de �gua hoje no local � o mesmo quando comparado a anos anteriores. A movimenta��o no parque tamb�m comprova que, ao menos por enquanto, h� �gua suficiente para atrair banhistas pelo forte calor na regi�o. Ontem, por volta das 15h, n�o era dif�cil encontrar moradores de Ouro Preto em passeio pela nascente, conhecida como Cachoeira das Andorinhas.

Apesar da situa��o inversa � da nascente do S�o Francisco, a mudan�a no cliclo de chuva no parque preocupa. Segundo a secret�ria de Meio Ambiente, n�o chove com a intensidade que poderia ser considerada razo�vel desde o fim do ano passado. “As �guas de mar�o n�o vieram”, diz Erika. Com o pluvi�metro baixo, surgem os inc�ndios. Tamb�m ontem � tarde era poss�vel ver que o fogo atingiu exatamente a parte superior da Cachoeira das Andorinhas. “Quem entende de inc�ndios garante que � criminoso, mas � muito dif�cil encontrar os respons�veis”, afirma a secret�ria. O principal risco oferecido pelo fogo perto de nascentes � a destrui��o da vegeta��o, que acaba provocando assoreamento da �rea.

Extens�o

A Bacia do Rio das Velhas n�o avan�a para outros estados. O curso des�gua no Velho Chico, no distrito de Barra do Guaicuy, em V�rzea da Palma, na Regi�o Norte do estado. Ao todo, o Rio das Velhas percorre 801 quil�metros entre a nascente e o encontro com o S�o Francisco, banhando 51 munic�pios, entre os quais Belo Horizonte.

O estudante D�nes Pereira, de 17 anos, era um dos moradores de Ouro Preto que aproveitaram o calor da tarde de ontem para nadar na Cachoeira das Andorinhas. “Venho aqui desde crian�a. � meu local preferido para passear”, disse. Ainda “sem coragem” para entrar na �gua, a brigadista volunt�ria do Corpo de Bombeiros Gabriela Carvalho, de 21, tomava cerveja em um dos quiosques constru�dos pr�ximo � cachoeira. “Aqui � a minha segunda casa”, afirmou. Um dos amigos de Gabriela, Emanuel Broti, de 17, relatou que nos fins de semana a cachoeira chega a receber mais de 300 pessoas. “� um ponto de encontro para o pessoal mais jovem.”