(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Alunos denunciam falas racistas e professor de escola estadual deixa o cargo em Uberaba

Irritado com alunos que batucavam dentro de sala, o educador afirmou que n�o gostava de pagode e nem de samba porque os g�neros musicais "s�o coisas de preto e preto n�o presta". Ao ser questionado pela diretora, o docente negou as acusa��es


postado em 30/09/2014 20:32 / atualizado em 30/09/2014 20:41

A fala preconceituosa de um professor de hist�ria casou revolta em uma escola estadual de Uberaba, na Regi�o do Tri�ngulo Mineiro. Irritado com alunos que batucavam dentro de sala, o educador afirmou que n�o gostava de pagode e nem de samba porque os g�neros musicais “s�o coisas de preto e preto n�o presta”. Indignados, os estudantes fizeram um boletim de ocorr�ncia e uma manifesta��o na porta da institui��o. O docente negou as acusa��es e informou que teve as falas distorcidas. Mesmo assim, pediu dispensa e foi desligado nessa segunda-feira.

O professor trabalhava na Escola Estadual Corina de Oliveira como designado desde janeiro deste ano. Na �ltima sexta-feira, ao chegar para dar aula, o educador chamou a aten��o de alguns alunos que estavam batucando no fundo da sala. Foi nesta hora que come�ou a confus�o. “Os estudantes afirmaram que perguntaram ao professor se ele n�o gostava de pagode. Ele respondeu, conforme os alunos, que n�o porque o samba � coisa de preto e preto n�o presta”, comentou a diretora da institui��o, Maril�ngela de Oliveira Silva Melo.

A discuss�o n�o parou por ai. Os estudantes, segundo a diretora, continuaram a questionar o professor sobre o preconceito. “Alguns alunos disseram que afirmaram: 'meu pai e minha m�e s�o pretos e n�o s�o assim'. Nisso, o professor perguntou se eles trabalham, pois tinha trabalhado na pol�cia e l� contatou que a maioria dos negros n�o trabalhavam”, disse a diretora.

Familiares dos jovens procuraram a diretora na segunda-feira demonstrando a revolta. Vestidos de preto, eles fizeram uma manifesta��o em frente a institui��o. A diretora se reuniu com os alunos e todos os 40 estudantes foram un�nimes em falar dos preconceitos relatados pelo professor. “Tamb�m ouvi o educador. Ele negou tudo e que os alunos distorceram uma fala na sala de aula. Falei para ele tentar resolver a situa��o junto comigo em uma conversa com os estudantes, mas ele preferiu se desligar do cargo”, explica Maril�ngela Melo.

A escola estadual tem 1,5 mil alunos e 120 funcion�rios. Nenhuma ocorr�ncia deste tipo foi registrada. Na sala de aula onde aconteceu o suposto ato de racismo, 80 % dos alunos eram negros. “Eu acredito que tenha acontecido mesmo a situa��o de preconceito. Conhe�o turma e pelo menos uns 10 o defenderiam se fosse uma injusti�a”, comentou a diretora.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)