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Estado de Minas

Quadrilha fraudou Enem em MG e outros tr�s estados, confirmam Pol�cia Civil e MP

Em entrevista coletiva, os �rg�os detalharam a opera��o que prendeu 33 pessoas. O l�der do bando, �ureo Ferreira, ganharia, segundo as investiga��es, R$ 300 milh�es de outubro a janeiro deste ano com os golpes


26/11/2014 18:35 - atualizado 26/11/2014 19:21
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O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) e a Pol�cia Civil de Minas Gerais confirmaram, nesta quarta-feira, que a quadrilha presa por venda de gabaritos fraudou o Exame Nacional de Ensino M�dio (Enem) neste ano em Minas e outros tr�s estados. Pelo menos 20 pessoas foram beneficiadas, tr�s delas j� identificadas. Em entrevista coletiva, os �rg�os detalharam a opera��o que prendeu 33 pessoas. O l�der do bando, �ureo Ferreira, ganharia, segundo as investiga��es, R$ 3 milh�es de outubro a janeiro deste ano com os golpes.

Conforme as investiga��es, a quadrilha usava alta tecnologia para passar as respostas para os candidatos que pagavam pelo servi�o. O material era comprado e transportado por empresas que s�o alvos das apura��es. Eles usavam duas t�cnicas para fazer a transmiss�o dos dados. No Enem, por exemplo, o l�der chegou a se inscrever no exame, mas, antes mesmo dele come�ar a prova, a quadrilha conseguiu as provas atrav�s de pessoas em Mato Grosso, que j� est�o identificadas.

Com as provas em m�os, os integrantes da quadrilha foram at� uma pousada onde estavam todos os pilotos, estudantes respons�veis em resolver as quest�es. Em seguida, as respostas eram passadas atrav�s de um circuito transmissor para os candidatos. Esses, por sua vez, tinham que levar um cart�o telef�nico, camuflado pelos criminosos como cart�es banc�rios, e usar os pontos eletr�nicos.

O l�der do grupo chegou a se inscrever no exame, para que, no caso de haver problema com a entrega das provas � quadrilha, ele conseguiria sair das salas de aula com os cadernos.

A pol�cia conseguiu apurar que o Enem foi transmitido pela quadrilha em cidades de Minas Gerais, S�o Paulo, Bahia e Esp�rito Santo. Cada candidato pagou, aproximadamente, R$ 200 aos criminosos.

Escolas particulares

O grupo n�o fazia vestibulares federais por causa do n�mero de provas. A prefer�ncia pelos exames de institui��es particulares era devido ao n�mero de provas, j� que n�o h� segunda etapa e nem perguntas abertas. O pre�o cobrado pelos criminosos variava entre R$ 50 e R$ 60 mil. Nesses casos, eles utilizavam frequ�ncia de r�dio para passar as respostas.

Os integrantes da quadrilha se inscreviam nos vestibulares e deixavam as salas de aulas com os cadernos. Em seguida, passavam para os pilotos, que resolviam as quest�es e depois repassava aos candidatos. “Os pilotos recebiam de R$ 10 a R$ 15 mil por prova, sem contar as viagens, pois tinham que seguir para a cidade onde aconteciam os exames. �s vezes, eles n�o recebiam nada do bando, pois conseguiam os pr�prios clientes e cobrava o valor estipulado por eles pr�prios”, explica o delegado Ant�nio Junio Dutra Prado, do Grupo de Combate em Organiza��o Criminosa.

Segundo o delegado, o grupo atuava em todo pa�s, mais ativamente nos Sul do Brasil, Minas Gerais, e S�o Paulo. “Os candidatos tinham que contratar um bloco com quatro provas, pois o pagamento s� era feito no momento da aprova��o. Mas, tinha candidato t�o incapacitado intelectualmente que zera a reda��o”, afirma o promotor Andr� Luis Garcia de Pinho, que atua no combate ao Crime Organizado.

Pris�es

A pol�cia tenta reverter as pris�es dos integrantes da quadrilha que continuam presos de tempor�ria para preventiva. No fim de semana, 33 pessoas foram detidas. Dessas, 22 foram ouvidas e liberadas, sendo 13 mediante ao pagamento de fian�a, e outras 11 pessoas permanecem atr�s das grades.

Entre as pessoas que foram detidas e foram liberadas com o pagamento de fian�a est� o pai do l�der do bando. Segundo a pol�cia, o homem est� sendo procurado, novamente, pois fez o pagamento de R$ 7 mil com notas falsas.

As investiga��es v�o continuar para tentar encontrar outros candidatos que usaram os servi�os da quadrilha, estudantes que conseguiram ingressar na faculdade irregularmente, e tamb�m m�dicos j� formados.


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