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Estado de Minas

Sobretaxa ser� cobrada de quem gastar �gua acima da m�dia do ano passado

Informa��o foi divulgada nesta quarta-feira pelo governador Fernando Pimentel, que j� admite racionamento rigoroso em tr�s meses se consumo n�o cair


postado em 29/01/2015 06:00 / atualizado em 29/01/2015 06:57

Reservatório Serra Azul tem o volume mais crítico de todo o Sistema Paraopeba, que abastece a região metropolitana(foto: BETO NOVAES/EM/D.A Press)
Reservat�rio Serra Azul tem o volume mais cr�tico de todo o Sistema Paraopeba, que abastece a regi�o metropolitana (foto: BETO NOVAES/EM/D.A Press)

A sobretaxa no consumo de �gua na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte ser� cobrada em breve de quem gastar acima da m�dia de todo o ano passado, informou nessa quarta-feira o governador Fernando Pimentel (PT). Ele se reuniu em Bras�lia com a presidente Dilma Rousseff para pedir apoio federal �s obras emergenciais que o estado est� preparando para ampliar a capta��o do Sistema Paraopeba, formado pelos reservat�rios Rio Manso, Vargem das Flores e Serra Azul. O objetivo � levantar os recursos estimados em “menos de R$ 1 bilh�o”, conforme o governador. “Em tr�s meses, vamos ter que racionar severamente”, afirmou Pimentel, se n�o chover nem houver redu��o de consumo.

Ele disse que a sobretaxa j� est� sendo preparada e ser� adotada com a campanha de conscientiza��o da popula��o para diminuir o consumo de �gua em 30%. A medida depende, entretanto, da decreta��o de uma situa��o cr�tica dos recursos h�dricos pelo Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam) e pela Ag�ncia Reguladora de Abastecimento de �gua e Esgotamento Sanit�rio de Minas Gerais (Arsae/MG). Essa � a aposta do governo para conter o consumo e tentar evitar o racionamento. “� uma medida absolutamente necess�ria. Se essa campanha n�o for suficiente, vamos para o rod�zio. Se n�o for suficiente, vamos para o racionamento”, afirmou o governador, que hoje far� sobrevoo de helic�ptero sobre o sistema de abastecimento de BH e sobre a usina hidrel�trica de Tr�s Marias.

Segundo o chefe do Executivo estadual, a presidente prometeu apoio ao plano emergencial mineiro e no fim de fevereiro ser� enviado ao governo federal o projeto detalhando as obras para aumentar a capta��o do Rio Paraopeba. O objetivo � conseguir mais cinco metros c�bicos por segundo para poder levar a �gua at� o Rio Manso, e, consequentemente, aumentar a quantidade do recurso h�drico no reservat�rio do segundo manancial. A expectativa do poder p�blico � terminar essas interven��es em novembro.

J� o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, informou que o governo federal estuda a melhor forma de apoiar o projeto. Pode ser por inclus�o no Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), como ocorreu em S�o Paulo com o Rio Para�ba do Sul, ou por parceria p�blico-privada.


A crise de abastecimento no estado tamb�m foi discutida na Assembleia Legislativa ontem. Dirigentes da Copasa participaram de uma reuni�o na Comiss�o de Direitos Humanos para debater a situa��o na regi�o metropolitana e no interior. Em meio �s discuss�es dos deputados de correntes pol�ticas opostas sobre a responsabilidade pela dificuldade de abastecimento, o diretor de Opera��o Metropolitana da empresa, R�mulo Thomaz Perilli, definiu a crise como “quase colapso”. “Continuando a atual previs�o pluviom�trica, vamos entrar em colapso no Sistema Paraopeba at� julho ou agosto, ou seja, os reservat�rios do Paraopeba ser�o esvaziados totalmente”, disse o diretor, em pronunciamento na Assembleia.

Perilli reafirmou que, de cada 100 litros que a empresa entrega de �gua tratada, 40 se perdem pelo caminho, por meio de vazamentos ou conex�es clandestinas por conta do sucateamento das estruturas usadas no abastecimento. O diretor prev� uma situa��o muito complicada. “Vamos viver nos pr�ximos meses um desafio como a empresa nunca viveu”, completa.

Press�o

Mudan�a na torneira, mas com aviso pr�vio. A Copasa informou que passar� a comunicar os consumidores da regi�o metropolitana se houver diminui��o da press�o da �gua. Conforme o ESTADO DE MINAS mostrou ontem, v�rios bairros de BH j� s�o afetados pela redu��o, devido � diminui��o do n�vel do Sistema Paraopeba. Entre os atingidos, est�o Buritis, na Regi�o Oeste, Cai�ara (Noroeste), Bandeirantes e Castelo (Pampulha).

“Com a pol�tica de transpar�ncia adotada pela nova diretoria, essa medida ser� avisada aos consumidores.Essa � uma a��o utilizada ocasionalmente pela empresa – e elogiada por especialistas – para evitar que ocorra falta d'�gua em outras regi�es de Belo Horizonte”, diz a nota divulgada pela Copasa. No entanto, n�o esclareceu quando os avisos ser�o feitos. “Estamos na fase de ajustes”, informou a assessoria de imprensa da empresa.

Ainda ontem, a Copasa informou que, ap�s an�lise, um levantamento feito pelo Departamento Operacional Metropolitana da estatal detectou que o volume no fundo do reservat�rio de Rio Manso, que corresponde a 0,98%, n�o tem qualidade para o tratamento por conter res�duos s�lidos, de lama pura, e est� fora dos padr�es para a capta��o.

Enquanto isso...
…For�a-tarefa busca solu��es

O di�rio oficial do estado publicou ontem o decreto que cria uma for�a-tarefa formada por 12 �rg�os e entidades, entre eles a Secretaria de Estado de Planejamento e Gest�o (Seplag), a Copasa e o Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), para tratar da crise h�drica e trabalhar com base no dados do relat�rio Panorama Atual do Abastecimento de �gua, elaborado pela companhia de saneamento. O documento aponta como cr�tica a situa��o do abastecimento de �gua pot�vel, especialmente na regi�o metropolitana. Sociedade civil, institui��es privadas, �rg�os federais e outros parceiros podem ser acionados pela Seplag, coordenadora da comiss�o, que atuar� de forma articulada com o Conselho Estadual de Recursos H�dricos. Em 180 dias, a for�a-tarefa dever� encaminhar ao governador relat�rio final com descri��o das atividades realizadas e conclus�es obtidas e recomenda��es.

 


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