
De acordo com a Resolu��o 40, da Ag�ncia Reguladora de Servi�os de Abastecimento de �gua e de Esgotamento Sanit�rio do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), o cumprimento do plano de emerg�ncia e conting�ncia dever� garantir o abastecimento de �gua pot�vel a creches, escolas e institui��es p�blicas de ensino, hospitais e demais atendimentos de sa�de p�blica, al�m de estabelecimentos de interna��o coletiva. Mesmo assim, as secretarias de Educa��o se mobilizam pelo consumo consciente nas escolas p�blicas.
Somente a rede municipal ter� de volta semana que vem cerca de 190 mil estudantes. Hoje, a secretaria se re�ne com representantes das institui��es e das regionais de BH para definir estrat�gias. O estado, cuja rede tem 461 mil alunos na Grande BH, conta com um sistema de controle, o Sisconsumo, por meio do qual cada escola pode acompanhar seu consumo mensal de �gua e energia. Tamb�m � por ele que a Secretaria de Estado de Educa��o (SEE) verifica quanto gastam os estabelecimentos de ensino. Quando detectado crescimento anormal, � emitido alerta para a unidade, pedindo justificativa do aumento.
Por meio de nota, a SEE informou que a rede adotar� medidas de redu��o do uso da �gua, para atingir a meta estabelecida pelo governo de economia de pelo menos 30%. J� a orienta��o do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), enviada por circular aos col�gios, � contratar caminh�es-pipa para garantir �gua e n�o interromper as aulas. Enquanto muitas escolas esperam o in�cio das aulas para discutir a��es, o presidente da entidade, Emiro Barbini, critica: “N�o d� para esperar voltar, tem que chegar segunda-feira com uma solu��o”. O documento ressalta a import�ncia de campanhas contra o desperd�cio.
SAGRADO
A crise h�drica era apenas uma possibilidade remota ano passado, quando o Col�gio Sagrado Cora��o de Jesus, no Bairro Funcion�rios, Centro-Sul de BH, se antecipou para garantir o abastecimento no pr�dio centen�rio. A escola tem abastecimento garantido pelo menos at� agosto, gra�as a um reservat�rio de 450 mil litros constru�do recentemente. Se faltar �gua na regi�o, limpeza e irriga��o est�o asseguradas. A medida garante economia de 30%.
O tanque capta toda a �gua pluvial que do telhado, passa por um filtro, vai para o reservat�rio e recebe tratamento com cloro. A partir da�, � usada para lavar piso, regar �reas verdes e na descarga. No per�odo de estiagem, a �gua dispon�vel garantia abastecimento at� junho. Com as �ltimas chuvas, ele atingiu a capacidade m�xima, com sobrevida por mais dois meses. “� um empreendimento caro e que precisar� de longo prazo para ser pago, mas a natureza agradece”, afirma a diretora administrativa do col�gio, Adriana Vila�a.
Outras a��es completam a iniciativa do col�gio. A piscina e os chuveiros funcionam com luz solar. A ilumina��o do p�tio � feita tamb�m por bateria recarreg�vel com luz do sol e, do restante do pr�dio, � base de LED. A �gua da fonte tamb�m � da chuva.
MOBILIZA��O
No Col�gio Santo Ant�nio, tamb�m na Centro-Sul, cartazes ser�o afixados no p�tio e o assunto ser� discutido em sala de aula. O Col�gio Magnum, unidades Buritis e Nova Floresta, tamb�m desenvolve a��es de conscientiza��o. O Projeto Interci�ncias estimula os alunos a pensar em solu��es para os diversos problemas ambientais, entre eles, a �gua.
Coordenador pedag�gico do col�gio, Wyller Mello afirma que projetos desenvolvidos pelos alunos ser�o implantados este ano. Um deles prop�e reuso da �gua de bebedouros. Parte da �gua que jorra ser� usada na limpeza dos espa�os comuns do col�gio, como p�tio e quadra. Haver� ainda coleta de �gua pluvial para uso em outras atividades.