Rios que podem ser alternativa de reservat�rio na Grande BH est�o fragilizados pela seca e polui��o

Apontados pela Copasa e pelo governo de Minas como solu��o de longo prazo para o abastecimento da Grande BH, com a constru��o de um reservat�rio alternativo aos sistemas Paraopeba e Rio das Velhas, os rios Taquara�u e Jaboticatubas s�o mananciais fragilizados pela seca e pela polui��o. O lan�amento de esgoto das cidades por onde passam impede a popula��o ribeirinha de usar a �gua e at� a afasta de suas margens. Al�m disso, com a estiagem prolongada, o n�vel dos dois cursos d’�gua mal passa da canela onde s�o profundos e nem sequer da altura do tornozelo quando alargam.

A grande degrada��o pode inviabilizar ou encarecer a forma��o de uma barragem em um desses dois mananciais, segundo especialistas, que tamb�m alertam para os impactos sociais e ambientais. O Estado de Minas teve acesso aos locais provis�rios de estudo para implanta��o da nova barragem e a detalhes que servir�o de base para um projeto.

Os dois rios passam pelas zonas rurais de Caet�, Nova Uni�o, Taquara�u de Minas e Jaboticatubas. S�o localidades simples, sem tratamento de esgoto e com uso da �gua para a irriga��o de lavouras e cria��o de gado de corte. Nessas comunidades, ningu�m ainda sabe do estudo da Copasa e e n�o h� preocupa��o com os impactos sobre os mananciais, que recebem esgoto e lixo.

O Taquara�u tem mais lan�amentos de esgoto dom�stico, despejo de lixo urbano, al�m da seca severa. J� o Jaboticatubas tem menos polui��o, mas sofre com lixo depositado perto de estradas vicinais e assoreamento. Ainda assim, os dois rios s�o os de melhor qualidade na bacia do Rio das Velhas e t�m fun��o importante. “S�o recursos que aliviam as cargas poluentes do Rio das Velhas e por isso s�o fundamentais para sua qualidade”, observa o bi�logo e especialista em recursos h�dricos Rafael Resck.


 A escolha de um dos dois rios para receber a nova represa foi anunciado pelo governador Fernando Pimentel (PT). “Estamos resgatando um estudo (da Copasa) para cria��o de outro sistema de abastecimento, que n�o vai ser o Paraopeba nem o Velhas. Ter�amos um ponto de capta��o acima (norte) nos rios Taquara�u e Jaboticatubas”, disse o governador, na semana passada.

Outras obras que formam o pacote de refor�o h�drico para  abastecimento tamb�m preocupam especialistas. H� duas capta��es pretendidas para o Rio Paraopeba, uma delas de 1 metro c�bico por segundo, para transferir �gua para o Sistema Serra Azul, em Juatuba, e outra de 4 metros c�bicos por segundo para o sistema Rio Manso. Essa segunda interven��o depende da viabilidade jur�dica de um aditivo a um contrato de parceria p�blico-privada, que o secret�rio de estado de Transportes e Obras P�blicas, Murilo Valadares, considera de grande mobiliza��o. “S�o 4km de adutoras para serem constru�dos e vamos precisar de bombas (hidr�ulicas) de 12 mil volts, que talvez tenham que ser importadas. � tudo muito urgente, porque pode  n�o chover em outubro, e, em dezembro, os reservat�rios v�o secar”, afirmou.