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Estado de Minas

Em crise financeira, UFMG dispensou 30% dos vigilantes

Corte no or�amento feito pelo governo federal levou a universidade a reduzir 84 vagas do pessoal de seguran�a, que dever� ser refor�ada por causa do tr�fico de drogas e da viol�ncia


postado em 31/03/2015 06:00 / atualizado em 31/03/2015 12:01

Guarita vazia no câmpus: redução da segurança deixou o trabalho dos vigilantes mais perigoso, segundo o sindicato da categoria. Atualmente, 196 estão atuando na área(foto: LEANDRO COURI/EM/D.APRESS)
Guarita vazia no c�mpus: redu��o da seguran�a deixou o trabalho dos vigilantes mais perigoso, segundo o sindicato da categoria. Atualmente, 196 est�o atuando na �rea (foto: LEANDRO COURI/EM/D.APRESS)
 

A seguran�a no c�mpus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sofreu redu��o dr�stica depois dos cortes or�ament�rios da Uni�o, que refletiram na diminui��o de 30% dos vigilantes que faziam rondas e controlavam o espa�o. Dos 280 homens respons�veis pela fun��o, entre vigias de portarias, rondas motorizadas e a p�, restaram 196. A informa��o � do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, que informa ter ocorrido corte tamb�m nas federais de Ouro Preto (Ufop), S�o Jo�o del-Rei (UFSJ) e Uberl�ndia (UFU). Oficialmente, a UFMG n�o se pronuncia sobre esse quantitativo, “por quest�o de seguran�a e para n�o exp�r a Universidade”, segundo a assessoria de imprensa da institui��o. Mas, ap�s as den�ncias do Estado de Minas de que traficantes aproveitaram a liberdade de acesso e se instalaram no c�mpus e no Diret�rio Acad�mico da Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas (Fafich), a vigil�ncia ser� refor�ada.

A empresa TBI Seguran�a Eirele, que venceu a licita��o, tamb�m n�o comenta o assunto, mas a reportagem apurou que ela e a UFMG negociam aumento no n�mero de vigilantes para o c�mpus. Com a redu��o da seguran�a, o trabalho dos profissionais da �rea se tornou mais perigoso e restrito, segundo o presidente do sindicato da categoria, Romualdo Alves Ribeiro. “Dependendo do tipo de crime, � preciso de mais vigilantes. Um homem sozinho, por exemplo, n�o pode abordar um grupo de traficantes vendendo drogas. Seria preciso tr�s ou quatro. O lema do nosso segmento � ter seguran�a para dar seguran�a. Num caso desses, os profissionais deixam de agir para n�o se tornarem v�timas”, afirma.

O tipo de trabalho dentro de uma universidade, segundo Ribeiro, nunca foi f�cil devido � necessidade de uma abordagem criteriosa quando se trata de alunos e, ao mesmo tempo delicada, por serem crimes graves. “Na UFMG, h� casos de a��es em estupros, sequestros, roubos e tr�fico. Como n�o se estava dando conta do servi�o com a redu��o de homens, o que se estava fazendo era priorizar algumas �reas e desguarnecer outras”, disse.

O sindicalista criticou, ainda, a decis�o de reduzir seguran�a devido ao aperto or�ament�rio. “Entendemos que o governo federal precise fazer cortes, mas a seguran�a deve ser o �ltimo setor. Afinal, quanto vale a vida de um estudante ou de um cidad�o? E � um corte burro, porque acaba tendo de gastar mais depois em sa�de, indeniza��es por conta de crimes, reposi��o de equipamentos e reformas por causa de vandalismo. Essa economia n�o compensa”, avalia.

CURSO DE HIST�RIA RETOMA AS AULAS
Depois de suspender as aulas do curso de hist�ria nos per�odos diurno e noturno (gradua��o e p�s-gradua��o) devido � falta de seguran�a na Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas da UFMG na �ltima sexta-feira, o Departamento de Hist�ria revogou a decis�o. Em comunicado enviado aos alunos, o retorno das atividades � atribu�do � garantia, por parte das inst�ncias administrativas da UFMG, de que h� condi��es de seguran�a para que as aulas sejam realizadas normalmente.


Policiamento refor�ado no entorno do c�mpus

Representantes da Pol�cia Militar se reuniram ontem � tarde com o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ram�rez, para discutir a seguran�a no c�mpus  Pampulha. O coronel C�cero Leonardo da Cunha, chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), informou que o policiamento ser� refor�ado na �rea externa da universidade, como os principais corredores de acesso � institui��o.  

Com rela��o � parte interna do c�mpus, Cunha afirmou que j� existe um conv�nio entre a UFMG e a corpora��o determinando que o policiamento � de responsabilidade dos militares do Regimento de Cavalaria. Mas disse que pode ser refor�ado. “Se for solicitado apoio l� dentro, vamos apoiar”, afirmou.

O tenente-coronel Marcelo Martins de Resende, comandante do 34º BPM, respons�vel pelo policiamento na regi�o, explicou que foi uma reuni�o de “aproxima��o” com o reitor, e n�o um encontro para estabelecer um plano de a��o: “A PM j� est� dentro do c�mpus por meio da cavalaria”, mas onde ocorrer um crime, a PM vai agir”.  

A presen�a ostensiva da pol�cia no c�mpus n�o agrada aos alunos que se manifestaram, ontem, durante a reuni�o da Congrega��o da Fafich. Cartazes com frases de ordem deixavam claro que os estudantes n�o querem policiais no local.

Segundo o superintendente da Pol�cia Federal, S�rgio Barboza Menezes, a corpora��o s� atua em caso de roubo e dano ao patrim�nio federal dentro do c�mpus. “A quest�o de tr�fico s� compete � PF nos casos internacionais e interestaduais. Nos demais casos h� conv�nios com o governo de Minas e a PM, que recebe verbas da Secretaria Nacional de Seguran�a P�blica (Senasp) para atuar (no policiamento ostensivo)”, disse.


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