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Estado de Minas

C�rregos da Grande BH cont�m mais coliformes fecais que o aceit�vel

Estudo para realiza��o de obra do Rodoanel revela que o C�rrego Sujo cont�m 2.240% mais coliformes fecais do que o preconizado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama)


postado em 12/04/2015 06:00 / atualizado em 12/04/2015 07:49

O C�rrego Sujo, em Vespasiano, na Grande BH, que est� na �rea de abrang�ncia do Rodoanel, cont�m 2.240% mais coliformes fecais do que o preconizado pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), segundo levantamentos qu�mico do projeto da obra vi�ria. Esse tipo de bact�ria � um indicativo claro de esgoto para especialistas, pois sobrevive no intestino de mam�feros e pode transmitir doen�as infecciosas, como a febre tifoide, paratifoide, disenteria e c�lera.


Morador da comunidade, o dono de oficina Luiz Lara, de 60 anos, diz que a polui��o come�ou a ser sentida h� pouco mais de 10 anos, com a expans�o da comunidade de Morro Alto, em Vespasiano. “N�o foi feita rede de esgoto ou urbaniza��o. Com isso, o esgoto veio jorrando direto das casas para uma por��o de c�rregos, vindo parar no C�rrego Sujo. A Copasa at� fez uma rede de coleta, mas parece que os moradores n�o fazem a liga��o para n�o pagar esgoto”, afirma. Para ele, o pior seria deixar a regi�o. “Se o Rodoanel chegar mesmo, n�o vamos ter escapat�ria, porque o trevo que ser� feito entre a estrada e a MG-010 ser� enorme. A gente n�o gosta nem de pensar nisso. Nasci aqui, meus filhos tamb�m. Meus melhores amigos e a fam�lia est�o aqui. � triste ter visto tudo acabando e depois ter de ir embora”, lamenta.


A situa��o mais degradante, no entanto, � a do Ribeir�o das Areias. A expans�o imobili�ria no local � t�o intensa que praticamente n�o h� mais espa�os para serem ocupados nas margens entre os tr�s munic�pios que o manancial corta (Ribeir�o das Neves, Vespasiano e Pedro Leopoldo). A concentra��o de poluentes � t�o alta que as pequenas corredeiras produzem crostas de espuma que flutuam curso abaixo como se fossem ilhas brancas e indicam, sobretudo, os lan�amentos dom�sticos de detergentes. N�o existem mais peixes no local e o odor de esgoto sufoca as �reas pr�ximas.

A an�lise do empreendimento � clara: “O rio foi morto”, mas ainda poderia ser recuperado com coleta sanit�ria e outras pol�ticas ambientais. “Esse � um retrato das periferias da Grande BH, mas que tem mostrado uma grande falta de pol�tica dos governos. Isso porque a expans�o de invas�es e de ocupa��es tem sido muito menor do que no passado, dando tempo para terem sido feitas pol�ticas de infraestrutura habitacional e sanit�ria”, afirma o especialista em an�lise ambiental e modelagens de sistemas ambientais Paulo Eduardo Borges.


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