
Desde a confirma��o da queda do helic�ptero na comunidade da Mata dos Palmitos, por volta das 19h da ter�a-feira, com tr�s mortos, o distrito de Santa Rita de Ouro Preto, com cerca de 7 mil habitantes, teve sua rotina de tranquilidade quebrada. Nas ruas do distrito, que normalmente depois da 22h j� n�o t�m movimento, era poss�vel ver pequenos grupos falando sobre a trag�dia. At� o come�o da madrugada, as luzes das casas em que as pessoas dormem bem cedo estavam ainda acesas, � espera das not�cias sobre o acidente na localidade.
J� o aposentado Taciano Rodrigues Pereira, de 66, seguiu com um amigo pelos nove quil�metros de estrada de terra entre a �rea central de Santa Rita e a comunidade em que o acidente ocorreu. "Vim ver a movimenta��o. � algo diferente, que n�o d� para ficar em casa s� ouvindo falar", explicou Pereira, que acompanhava os trabalhos dos bombeiros. O empres�rio Oscar Lunds da Silva, de 73, tamb�m acompanhava a movimenta��o no local e parecia ter um motivo especial. "O helic�ptero caiu nas minhas terras, fazenda Brilhante. Nunca podia imaginar que uma propriedade minha seria marcada por algo t�o tr�gico", disse Oscar.
A comerciante Lilian Cristina Cortes, de 34, dona de um restaurante em uma das principais ruas do distrito, conta que a conversa do dia de seus clientes era sobre o acidente. "A movimenta��o de gente de fora atraiu as aten��es, e nas mesas quase sempre era algu�m falando sobre o caso. No Whatsapp tamb�m era o coment�rio mais comum, com muita gente de fora querendo saber detalhes".
Do outro lado da rua, em uma papelaria e lan house, o comerciante Hebert Damasceno, de 44, viu o movimento de clientes aumentar, mas al�m da consterna��o comum a todos da cidade, sua tristeza era maior, pois o empres�rio Roberto Queiroz era amigo de seu pai. "As pessoas queriam ver na internet as not�cias, as imagens do local. Quando fiquei sabendo que era um amigo de meu pai foi uma grande tristeza para n�s", lamentou.