O clima de como��o e revolta marcou o protesto de um ano da queda do Viaduto Batalha dos Guararapes, na Avenida Pedro I, Bairro Planalto, Regi�o Norte de Belo Horizonte, deixando dois mortos e 23 feridos. Familiares das v�timas, moradores e comerciantes prejudicados com a trag�dia colocaram faixas e cartazes no local da queda. O grupo cobrou puni��o dos respons�veis pela obra e se mostrou indignado com a decis�o da Justi�a que livrou os 19 indiciados do j�ri popular.
Familiares da motorista Hanna Cristina Santos, de 24 anos, que conduzia o suplementar 70, que teve a parte da frente esmagada pela estrutura, se vestiram com uma camisa branca com a foto da v�tima da trag�dia estampada. Acompanhados de moradores e comerciantes da regi�o, formaram uma roda e depois rezaram. Um novo ato foi marcado para �s 18h no mesmo local. Em seguida, ser� realizada uma missa na Par�quia Nossa Senhora da Paz, no Bairro Guarani, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte.
A advogada Ana Cristina Drummond, que defende os moradores do Condom�nio Antares, se mostrou revoltada com a situa��o das fam�lias. “O objetivo � mostrar nossa indigna��o. Duas pessoas morreram e n�o suicidaram. Algu�m tem que ter a culpa. Temos provas materiais e testemunhas que houve um homic�dio com dolo eventual”, comentou.
Segundo ela, as fam�lias continuam convivendo com danos materiais. O muro do edif�cio ainda n�o foi reconstru�do e as cal�adas ao redor do im�vel seguem com problemas. “Hoje, eles vivem em um estresse p�s-traum�tico”, afirma Ana Cristina.
Inqu�rito
O Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) pretende enviar � Justi�a ainda na primeira quinzena deste m�s o inqu�rito criminal que investiga a circunst�ncias da queda do Viaduto Batalha dos Guararapes. O promotor Marcelo Mattar Diniz disse nesta sexta-feira que vai analisar novas provas e pretende anex�-las ao inqu�rito. “Tive acesso a depoimentos e documentos que est�o na investiga��o no �mbito civil e ainda n�o est�o na esfera criminal.”
O inqu�rito j� indiciou 19 pessoas, no entanto o promotor observou que esse n�mero pode aumentar ou at� mesmo reduzir. Neste caso, segundo explicou Marcelo Mattar, a an�lise dessas novas provas vai ser importante para determinar quem ser� indiciado.
No m�s passado, o 1°Tribunal do J�ri da capital acatou a solicita��o do Minist�rio P�blico de declina��o de compet�ncia do inqu�rito relativo ao desabamento do elevado. Com isso, os indiciados podem ficar livres de enfrentar o j�ri popular por homic�dio com dolo eventual (quando n�o h� a inten��o de matar, mas o agente assume o risco) e ser condenados apenas pelo crime de desabamento, cuja pena � menor.(Com informa��es de Rafael Passos e Cristiane Silva)