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Estado de Minas

Fiscaliza��o pune degrada��o no entorno de Parque Estadual do Rio Doce

Ap�s den�ncia do EM sobre desmatamento, �rea foi alvo de opera��o da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad)


postado em 21/07/2015 06:00 / atualizado em 21/07/2015 07:25

Estrada aberta na mata atlântica, perto de unidade de preservação(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Estrada aberta na mata atl�ntica, perto de unidade de preserva��o (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

A��es de desmatamento de �rvores nobres da mata atl�ntica e de seus sub-bosques nas �reas de amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), no Leste do estado, foram alvo de uma opera��o de fiscaliza��o da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad), que terminou na sexta-feira e encontrou n�o apenas supress�o vegetal, mas tamb�m fornos de carv�o, loteamentos, queimadas e interven��es em recursos h�dricos. A a��o ocorreu depois de a s�rie de reportagens “Amarga agonia”, do Estado de Minas, mostrar, na semana passada, a devasta��o ambiental na regi�o, que � de extrema import�ncia para a recarga do Rio Doce.

O manancial se encontra t�o assoreado e seco que n�o chega mais a desaguar no mar em sua foz original, em Linhares, no Esp�rito Santo. Ambientalistas e integrantes do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio Doce (CBH-Doce) apontam ser a destrui��o da mata atl�ntica uma das principais causas dessa situa��o. Os resultados da a��o de fiscaliza��o ainda est�o sendo consolidados, mas respons�veis por pelo menos duas �reas mostradas pela reportagem v�o ser multados em cerca de R$ 30 mil, no total, e autuados por crime ambiental.

Em uma delas, a equipe de reportagem flagrou o momento em que dois homens com motosserras derrubavam a mata em uma fazenda do munic�pio de Marli�ria, a 194 quil�metros de BH. Segundo a Pol�cia Militar, o destino da lenha de mata nativa era alimentar os fornos de carv�o, misturada ao eucalipto que o propriet�rio tinha licen�a para extrair e queimar. Ainda de acordo com a ocorr�ncia, o fazendeiro tentou justificar a abertura da estrada, dizendo que se tratava de um “aceiro preventivo” – um espa�o aberto na mata para evitar que uma queimada fuja ao controle –, mas, pelas caracter�sticas observadas no local pelos militares, tratava-se mesmo de uma estrada aberta na mata. A multa na fazenda ser� de cerca de R$ 16 mil.

Com o aux�lio de um helic�ptero, equipes de oito fiscais e quatro policiais tamb�m confirmaram outra agress�o mostrada na reportagem, na quel o propriet�rio derrubou eucalipto misturado � vegeta��o de mata atl�ntica. Sobraram apenas os tocos dos esp�cimes protegidos. A madeira derrubada seguiu com o carregamento de eucalipto, como se fosse proveniente de silvicultura. A �rea devastada foi extensa, chegando a 24 hectares. A multa foi estimada em R$ 15 mil.
Outros quatro espa�os foram fiscalizados no entorno do Perd. Usando o hist�rico de imagens de sat�lites, o EM localizou pelo menos 19 locais na regi�o em que  a mata nativa foi derrubada nos �ltimos dois anos, chegando a uma �rea de 114 hectares, ou 281 campos de futebol.

Segundo a coordenadora da fiscaliza��o, Marina Dias, as �reas fazem parte da mata de amortecimento do Perd, e s�o fundamentais. “Muitas nascentes e recursos h�dricos v�m dessas �reas para o parque. Os animais tamb�m t�m nessas matas o territ�rio que percorrem”, disse. A mata atl�ntica – bioma predominante em 98% da Bacia do Rio Doce – teve 95% de sua extens�o dizimada na Regi�o Leste, de acordo com o Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam).

Palavra de  especialista
Andrea Zhuri, Coordenadora o Grupo de Estudos em Tem�ticas Ambientais da UFMG

Falta apoio � fiscaliza��o

As �reas de amortecimento da mata atl�ntica e os parques devem ser protegidos de atividades ilegais, mas o que vemos s�o �rg�os ambientais com corpo de fiscais mal equipado, sem aparelhos de GPS para fazer mapeamento, sem treinamento. Com isso, mal se consegue impedir a devasta��o ambiental. Licenciamentos ambientais de grandes empreendimentos tamb�m acabam n�o sendo conferidos. Problemas como esses s�o ainda piores em uma bacia como a do Rio Doce, que est� t�o seca que n�o chega mais ao mar.


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