
A retirada da vegeta��o nativa para produ��o de carv�o e cultivo de eucalipto pode levar �reas do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha � desertifica��o. O alerta � do gerente de Monitoramento da Cobertura Vegetal e Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Waldir Melo. Segundo ele, grande parte da vegeta��o ainda existente em Minas se concentra nas bacias dos rios Pardo, S�o Francisco e Jequitinhonha. “S�o as �reas onde restam mais fragmentos dos tr�s biomas”, afirma Melo, fazendo refer�ncia ao cerrado, caatinga e a mata atl�ntica.
Produtores do Noroeste est�o realizando fazendo plantios tamb�m no Norte de Minas, segundo o gerente do Escrit�rio Regional do IEF em Janu�ria, M�rio L�cio dos Santos. “A regi�o � vista como um novo espa�o de fronteira agr�cola pelos produtores do Noroeste, interessados no cultivo de soja e no plantio de capim para a produ��o de sementes. S� que est�o entrando na nossa regi�o com muita agressividade, sem licenciamento”, alerta o gerente, acrescentando que os terrenos preferidos pelos “forasteiros” est�o em Chapada Ga�cha, Bonito de Minas e Janu�ria, onde existem parques e outras �reas de prote��o ambiental, numa regi�o cortada pelo Rio S�o Francisco.
Ele diz que boa parte dos produtores, ao desmatar para expandir a fronteira agr�cola, recorre a tratores e equipamentos pesados, com vest�gios at� do uso de “corrent�o”, pr�tica de desmatamento que provoca s�rios dados por arrancar pela raiz. Outro m�todo condenado � a queima da vegeta��o nativa.
O gerente denuncia ainda que muitos empreendedores, para driblar a fiscaliza��o, usam a estrat�gia de “fatiar” os terrenos, declarando a compra de �reas menores. Se o produtor compra uma propriedade de at� 999 hectares, por exemplo, escapa da fiscaliza��o pr�via, devendo apenas apresentar documento declarat�rio sobre a sua atividade aos �rg�os ambientais.