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Estado de Minas

Com 2.244 habitantes, popula��o rural e urbana se igualam em Casa Grande

Cidade, onde muitas resid�ncias s�o cercadas por pingos d%u2019ouro, tem outra curiosidade: alguns im�veis da cidade lembram antigas fazendas


postado em 13/09/2015 06:00 / atualizado em 13/09/2015 09:24

Jane Tavares e a filha Rafaela vivem em uma das residências da área urbana de Casa Grande com estilo de fazenda(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Jane Tavares e a filha Rafaela vivem em uma das resid�ncias da �rea urbana de Casa Grande com estilo de fazenda (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Casa Grande – Jos� Gon�alves de Souza, de 82 anos, foi vereador na �poca em que os parlamentares n�o recebiam sal�rio. “Deveria ser assim at� hoje. O que os pol�ticos poderiam ter � uma ajuda de custo”, defende o morador de Casa Grande, �nica das 853 cidades mineiras em que o censo de 2010 apontou igualdade entre a popula��o rural e a urbana: 1.122 pessoas de cada lado.

A cidade, onde muitas resid�ncias s�o cercadas por pingos d’ouro, tem outra curiosidade: alguns im�veis na �rea urbana lembram antigas fazendas. Jane Carla Aparecida Tavares, de 29, mora em um deles. A varanda, rodeada de roseiras, d� um charme � resid�ncia. “Esse terreno � como se fosse uma fazenda dentro da cidade”, compara a m�e de Rafaela, de 3.

Dona Maria Perp�tua de Miranda, de 64, tamb�m reside numa casa que mais parece uma fazenda. “Tem at� porteira e curral. Quando meu marido era vivo, t�nhamos algumas vaquinhas. Hoje, crio apenas galinhas. Mas tenho uma horta. E boa”, garante a mulher, que nasceu na Serra do Camapu�, �rea rural de Entre Rios de Minas, munic�pio pr�ximo.

As caracter�sticas de seu im�vel e de Casa Grande, cortada pelo Rio Tabaco, fazem dona Maria Perp�tua imaginar que ela continua morando na �rea rural. Da varanda de sua casa, ela cumprimenta os amigos que passam pelo asfalto e avista, n�o t�o distante, as montanhas que rodeiam o munic�pio.

Casa Grande, cujo nome remete a uma fazenda antiga que deu origem ao lugarejo, � cercada por montanhas. As �rvores da pra�a principal, S�o Sebasti�o, s�o moradias de diferentes esp�cies de p�ssaros. O jardim � cuidado por Jaino Sebasti�o, de 45. Ele, por�m, reside numa fazenda.

“N�o me mudo da ro�a, que � um lugar aben�oado”, conta o rapaz. Em seu quintal, ele colhe bananas, laranjas, mexericas e outras frutas. Em frente � casa, um pequeno curral, de onde � retirado o leite. “Tenho uma boa horta. N�o preciso ir muito ao supermercado.”

A propriedade dele fica a menos de uma l�gua de Olaria, povoado de Casa Grande onde mora Selma Vieira, de 45. No alto do morro, a capela de S�o Pedro � o cart�o-postal de l�. Tamb�m � o lugar em que ela improvisou um varal para secar as roupas que lava.

“� um lugar muito bom para morar. Nasci e fui criada na �rea rural. N�o penso em me mudar para a cidade. Tenho qualidade de vida. Tenho uma boa horta. A fam�lia cria porcos para consumo pr�prio. Temos umas vaquinhas tamb�m. Meu pai vende leite”, conta dona Selma, respons�vel pela capela.

Ela diz que a vida na �rea rural ficou ainda melhor com a chegada da tecnologia. Antigamente, recorda, as pessoas se comunicavam com familiares e amigos que moram em lugares distantes por meio de cartas e de um orelh�o que atendia a comunidade. Hoje, a telefonia m�vel facilitou a vida dela e dos vizinhos.

CURIOSIDADE Cinco cidades mineiras n�o t�m popula��o considerada rural. Tr�s delas est�o na regi�o metropolitana (Belo Horizonte, Confins e Vespasiano), uma fica no Sul (S�o Louren�o) e outra, no Vale do Rio Doce (Santa Cruz de Minas). Uma das explica��es � que elas t�m pequena extens�o territorial em compara��o � m�dia estadual.

Mascates modernos

O isolamento e as dificuldades de deslocamento dos moradores da zona rural de Itacambira at� a “cidade” fez surgir no munic�pio a figura dos “mascates modernos”. Em vez de roupas e utens�lios dom�sticos, como era comum antigamente, esses vendedores ambulantes oferecem mantimentos, produtos de limpeza e outras mercadorias consumidas no dia a dia das fam�lias. “Eles v�o � ro�a e levam as mercadorias diretamente � casa das pessoas. Cobram mais caro e ainda n�o pagam impostos”, reclama Adriana Oliveira Amaral, dona de uma mercearia na �rea urbana de Itacambira. Ela conta que 90% da sua clientela � do pessoal do meio rural.

Assista ao v�deo: Casa Grande desperta curiosidade pelo n�mero de habitantes


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