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Estado de Minas

Perda de �gua preocupa cidades em Minas

Quatro munic�pios mineiros s�o apontados como exemplo de saneamento no pa�s, mas t�m �ndices de tratamento de esgoto e desperd�cio de recursos h�dricos piores que m�dia nacional


postado em 01/10/2015 06:00 / atualizado em 01/10/2015 07:23

Equipe da Copasa detecta vazamento de água tratada na capital (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press 30/6/15)
Equipe da Copasa detecta vazamento de �gua tratada na capital (foto: Euler J�nior/EM/D.A Press 30/6/15)
S�o Paulo – Mesmo tendo sido selecionados como exemplo no saneamento b�sico no Brasil, munic�pios mineiros que integram um ranking com 16 cidades destaques no setor ainda enfrentam desafios. Levantamento do Instituto Trata Brasil, divulgado ontem, mostra que quando o assunto � oferecer �gua tratada, Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros e Uberl�ndia chegam a 100% de atendimento ou ficam bem pr�ximos a esse patamar. Mas, quando o quesito � tratamento de esgoto e corre��o de perdas de �gua, as cidades mineiras t�m situa��es cr�ticas, muitas vezes com �ndices piores que os nacionais. Este � o caso de Contagem, que, segundo os dados do Sistema Nacional de Informa��es sobre Saneamento (Snis), apresenta perda de 41,18% na distribui��o do sistema de �gua. No Brasil, a m�dia � de 37%, ou seja, s�o 3,7 litros de �gua perdidos para cada 10 litros produzidos devido a fraudes, erros de leitura em hidr�metros, vazamentos, entre outros fatores. Nos pa�ses com melhor n�vel de efici�ncia, o indicador � de 20%.

Depois de Contagem, Montes Claros tem a segunda pior situa��o da lista de perda de �gua tratada (36,25%). Belo Horizonte aparece em quarto lugar (34,33%), enquanto Uberl�ndia tem situa��o pouco melhor (26,35%), embora ainda acima dos 20% considerados razo�veis. Os dados foram apresentados ontem, em S�o Paulo, durante o semin�rio Avan�os em Saneamento B�sico – exemplos mostram que a universaliza��o � poss�vel. O evento foi promovido pelo Trata Brasil e pela Funda��o Getulio Vargas (FGV).

Apesar de admitir que n�o existe perda zero quando o assunto � perda de �gua, o presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, �dison Carlos, afirma que os n�meros brasileiros, e tamb�m de Minas, s�o muito altos. “Perder 37% da �gua que se trata � uma situa��o muito preocupante e que at� a ocorr�ncia da crise h�drica era um indicador para o qual pouco se dava aten��o. Mas, al�m de ser um problema de caixa para a empresa, as perdas geram estresse na bacia hidrogr�fica e aumentam a chance de desabastecimento”, afirma.

Com experi�ncia de trabalho � frente da Sabesp, o ex-presidente da companhia, o economista e coordenador do Grupo de Economia da Infraestrutura e Solu��es Ambientais da FGV, Gesner Oliveira, diz que Minas deve ligar o alerta vermelho. “O estado, historicamente marcado pela abund�ncia de �gua, come�ou a viver um per�odo de escassez e isso � preocupante”, disse. Na edi��o de ontem, o Estado de Minas mostrou uma equa��o nada positiva para a Grande BH. Os reservat�rios do Sistema Paraopeba, que abastecem a regi�o, est�o com 26,5% da capacidade. A economia no consumo de �gua por parte da popula��o, que chegou a n�veis de 16%. Enquanto isso, o estado vem de um 2014 com chuvas 65% abaixo da m�dia e sem perspectiva de abund�ncia pluviom�trica para 2015.

FATORES Representante da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) no evento, o diretor de Planejamento e Gest�o de Empreendimento da empresa, Ronaldo Matias de Souza, reconhece o problema das perdas. “As perdas s�o altas e pode ser explicada por alguns fatores. No caso de Belo Horizonte, h� um desn�vel geom�trico de mais de 700 metros de altitude, ou seja, do ponto mais alto ao ponto mais baixo em que se distribui �gua h� esse desn�vel. Isso significa que as redes trabalham muito pressurizadas, o que investimentos vultosos em implanta��o de v�lvulas redutoras de press�o, substitui��o de redes e setoriza��o, para que isso seja minimizado”, afirma. Assim como na capital, ele explica que Contagem tem muitas �reas ainda n�o urbanizadas e com grande n�mero de liga��es clandestinas.


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