O Uber n�o aceita ser transformado em um aplicativo de t�xi, conforme prev� projeto de lei elaborado por comiss�o criada pela Prefeitura de Belo Horizonte, considera a proposta inconstitucional e planeja ampliar sua atua��o na capital mineira e em outras cidades do pa�s, trazendo para o Brasil mais uma modalidade de servi�o, o Uberpool. A empresa de tecnologia tamb�m admite recorrer � Justi�a caso o projeto de lei seja aprovado da maneira como foi redigido, mas disse que, por enquanto, n�o vai queimar etapas e prefere aguardar o desenrolar da situa��o para definir como agir� mais � frente. A empresa confirmou que j� pediu uma audi�ncia com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), mas ainda n�o obteve resposta.
Sobre o Uberpool, Guilherme Telles explicou que o servi�o j� existe em alguns dos 61 pa�ses onde a empresa atua, e funciona da seguinte forma: duas pessoas, indo para locais diferentes, podem compartilhar o mesmo carro e dividir o custo da corrida, desde que o tempo de trajeto entre um local de desembarque e o outro n�o seja maior que cinco minutos. A economia para cada um � de 50% em compara��o com Uber x, o servi�o mais barato do Uber, em opera��o em BH desde agosto.
O executivo acrescentou, no entanto, que n�o h� prazo para que a nova modalidade de transporte comece a operar no Brasil. Al�m do Uberpool, outros servi�os como o Uber van, Uber pop, Ubereats (delivery de comida) e Uber bike (transporte de documentos) j� est�o em funcionamento no exterior, mas sem qualquer previs�o ou estudo de implanta��o em solo brasileiro.
Guilherme Telles lembrou que a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), afirmou que os munic�pios, distritos ou estados n�o t�m compet�ncia legal para legislar sobre a opera��o do Uber no Brasil, pois “s� podem legislar sobre transporte p�blico coletivo”, categoria na qual a empresa n�o se enquadra. Ele ainda citou estudo do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), divulgado m�s passado, que considera ben�fica para o consumidor o servi�o de transporte individual de passageiros, como o Uber, pois incentiva a concorr�ncia.
Aprova��o
Quanto ao futuro do Uber em BH, o executivo fez quest�o de afirmar que a empresa vai permanecer atuando na capital, qualquer que seja o desfecho da tramita��o do projeto de lei ainda em an�lise na PBH. “O Uber hoje opera em 350 cidades de 61 pa�ses e nunca recuou em nenhum desses locais. Temos um compromisso com nossos parceiros e clientes e vamos permanecer. Fomos muito bem aceitos pela popula��o belo-horizontina e estamos em expans�o aqui, com um aumento m�dio de 10% no n�mero de usu�rios por semana”.
A empresa n�o revela quantos motoristas operam em BH nas modalidades Uber black e Uber x, mas no Brasil, hoje, s�o 6 mil motoristas e cerca de 600 mil pessoas cadastradas no aplicativo. “Belo Horizonte � uma cidade onde o grau de satisfa��o do cliente � dos mais elevados. A aprova��o do servi�o chega a 97%. Nossa classifica��o para os motoristas vai de uma a cinco estrelas e s� permanecem aqueles que t�m pontua��o acima de 4,6 estrelas. Em BH, a m�dia � de 4,85 estrelas”, disse Telles.
A PBH n�o se pronunciou sobre a entrevista do gerente da Uber. Em nota, limitou-se a informar que o projeto ainda � avaliado pela Procuradoria-Geral do Munic�pio e que ser� enviado � C�mara Municipal, onde ser� avaliado pelos vereadores.
